Um palestino da Cisjordânia matou uma idosa de 79 anos e feriu outras 17 pessoas durante um ataque terrorista na cidade de Ra'anana, perto de Tel Aviv, nesta segunda-feira. De acordo com as autoridades policiais de Israel, o homem de 44 anos teria esfaqueado populares, roubado seus carros e atropelado pedestres pelas ruas da cidade, antes de ser preso pelas forças de segurança. Um sobrinho do principal suspeito, que estaria nos veículos no momento dos ataques, também foi preso.
As informações preliminares colhidas pela polícia apontam que o homem, um trabalhador ilegal que vivia na Cisjordânia, esfaqueou uma mulher para roubar o seu carro e saiu em disparada, atropelando os pedestres que via pela frente. As primeiras vítimas teriam sido atropeladas na Rua Ahuza, uma importante via da cidade.
A certa altura, o motorista teria perdido o controle do veículo e batido, segundo as autoridades informaram ao jornal israelense Haaretz. Ele teria então se apossado de um novo carro e voltado a atropelar pedestres. Os atropelamentos teriam acontecido em pelo menos três locais diferentes.
Serviços de emergência informaram que do total de vítimas, duas foram socorridas em condições graves, enquanto as outras tiveram ferimentos de moderados a leves. Sete delas eram menores de idade, incluindo crianças.
— Este é um evento muito difícil, com muitos feridos. Que eu saiba, todos já foram socorridos em vários hospitais, inclusive aqueles em estado crítico — disse a médica Viola Hachmon ao jornal Jerusalem Post.
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Após o incidente, escolas na região foram fechadas, e pais foram orientados a não deixarem seus filhos saírem de casa.
Um sobrinho do terrorista, de 25 anos, também palestino, foi preso pela polícia pouco depois. Ele estaria dentro dos veículos no momento dos atentados, mas teria fugido da cena do crime antes da chegada dos policiais.
Tio e sobrinho foram identificados pelo Shin Bet, o serviço secreto interno israelense, de acordo com o jornal Times of Israel, como moradores da cidade de Bani Naim, na Cisjordânia, próxima a Hebron. Em um pronunciamento à imprensa, o chefe da polícia israelense, Kobi Shabtai, já havia dito que os dois palestinos chegaram ao local do ataque "de maneira ilegal". O Shin Bet informou que eles tinham outros registros policiais por entradas não autorizadas em território israelense.
O ataque acontece em um momento que o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza chega ao 101º dia, e a guerra ameaça se espalhar pela região, com a entrada de atores internacionais.
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