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"Hoje à noite, informaremos o seu destino", escreveram as Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas sobre três reféns, em um vídeo divulgado nesta segunda-feira. O conteúdo dura cerca de 30 segundos e mostra o que seriam as três opções: mortos, alguns feridos e outros mortos, e todos vivos. Os cativos (dois homens e uma mulher), sequestrados durante o ataque terrorista do dia 7 de outubro e levados para a Faixa de Gaza, são os mesmos que aparecem em um vídeo divulgado no domingo, sem quaisquer informações de quando e onde foi gravado.

O vídeo desta segunda, divulgado um dia após o vídeo de domingo, começa com um grande ponto de interrogação. Em seguida, aparecem as imagens dos cativos, com frases em inglês, árabe e hebraico. A primeira frase que aparece é "O que vocês acham?" em inglês e árabe. Depois, como um gráfico de videogame, aparecem as opções "todos mortos", "alguns mortos, alguns feridos", e "todos vivos", em hebraico, árabe e inglês. O vídeo encerra com a frase, nas três línguas, "hoje à noite, informaremos a vocês o seu destino".

Hamas divulga novo vídeo de reféns mantidos em Gaza e anuncia três possíveis destinos: 'mortos, alguns feridos ou vivos'

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Os reféns se identificaram no primeiro vídeo como Yossi Sharabi, de 53 anos, Itai Svirsky, de 38, e Noa Argamani, de 26. A jovem é a mesma que foi filmada na garupa de uma motocicleta gritando: “Não me mate!", durante o ataque terrorista — que deixou ao menos 1,2 mil pessoas mortas e fez 250 reféns, segundo as autoridades israelenses.

O primeiro vídeo divulgado também dura pouco menos de 40 segundos. Nele, Sharabi, Svirsky e Argamani falam separadamente, em fundos diferentes e ambiente fechado. Em hebreu, eles pedem que as autoridades israelenses os levem de volta para casa.

Pressão por cessar-fogo

Os conteúdos sugerem uma tentativa do Hamas de exercer mais pressão sobre o governo de Israel para garantir a sua libertação, talvez através de outro cessar-fogo temporário. Sua divulgação pode intensificar a campanha dos familiares dos reféns para pressionar o governo israelense a garantir sua libertação. No domingo, milhares foram às ruas em Tel Aviv em uma manifestação para marcar os 100 dias desde o ataque terrorista contra o Estado judeu.

Em novembro, no último acordo entre as partes, mediado pelos EUA, Egito e Catar, 110 reféns foram libertados em troca de 240 palestinos detidos em prisões israelenses. Contudo, acredita-se que cerca de 130 reféns ainda permaneçam cativos no enclave palestino. Israel também afirma que 25 reféns morreram — três foram mortos por engano em dezembro por soldados israelenses. Um outro acordo chegou a ser negociado em dezembro, mas sem sucesso.

O destino dos reféns tornou-se um problema crítico para Israel e parte da contínua agonia nacional desde o ataque em outubro. As famílias de alguns reféns têm pedido a Netanyahu que concordasse com uma nova trégua ou até mesmo que cancelasse a guerra para que seus entes pudessem ser libertados, gerando uma pressão interna para o governo.

O premier disse que está comprometido na libertação dos reféns, classificando a ação como uma "tarefa suprema", mas salientou que Israel continuará a lutar em Gaza até alcançar a "vitória total" sobre o Hamas.

À medida que o tempo de cativeiro aumenta, crescem as preocupações com a saúde física e mental dos reféns, que, acredita-se, não dispõem dos medicamentos necessários. Alguns dos reféns sofreram ferimentos por arma de fogo e outros ferimentos durante o ataque inicial, que, segundo os cativos libertados, não foram tratados adequadamente.

— Se não houver atendimento médico urgente para todos os reféns, o resultado poderá ser, na melhor das hipóteses, problemas de saúde irreversíveis e, na pior, a morte — disse Hagai Levine, um médico israelense que trabalha com as famílias dos reféns. — Cada dia que passa é crítico.

Na sexta-feira, o gabinete de Netanyahu anunciou um acordo com o Catar para o envio de medicamentos aos reféns ainda detidos na Faixa de Gaza. Os suprimentos serão entregues nos próximos dias. (Com New York Times)

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