O grupo fundamentalista islâmico palestino Hamas disse neste domingo que o ataque terrorista de 7 de outubro, que deixou 1,2 mil mortos em Israel e levou à guerra na Faixa de Gaza, foi um "passo necessário e uma resposta normal a todas as conspirações israelenses contra a população palestina", mas que o "caos" levou a "falhas" na ação surpresa.
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"Talvez algumas falhas ocorreram durante a implementação da Operação Tempestade Al-Aqsa devido ao rápido colapso do sistema militar e de segurança israelense e ao caos causado ao longo das áreas de fronteira com Gaza", disse o grupo em um documento de 16 páginas em árabe e inglês, marcando seu primeiro relato público sobre o ataque.
"Se, em algum caso, civis viraram alvo, ocorreu acidentalmente e no transcurso do enfrentamento com as forças de ocupação", afirmou o movimento no documento. "Muitos israelenses morreram nas mãos do Exército israelense e da polícia devido à confusão", alegou, em referência a relatos não comprovados de que a resposta israelense acabou causando a morte de parte das vítimas.
Em 7 de outubro de 2023, centenas de combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, atacando postos militares, kibutz (colônias agrícolas) e um festival de música, vitimando em sua maioria civis e fazendo cerca de 240 pessoas como reféns, no pior ato de violência contra o Estado judeu desde sua formação, em 1948. Segundo estimativas da rede americana CNN, dos 132 reféns ainda em cativeiro, 107 estão vivos.
No documento, o movimento islâmico também afirmou rejeitar "categoricamente todo projeto internacional ou israelense" para o futuro de Gaza, território que controla desde 2007, considerando que o "povo palestino tem a capacidade de decidir seu futuro e gerenciar seus assuntos internos".
Também exigiu a "cessação imediata da agressão israelense em Gaza, dos crimes e da limpeza étnica". Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, vinculado ao Hamas, a campanha aérea e terrestre de Israel deixou mais de 25 mil mortos, em sua maioria mulheres e menores, desde outubro.
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A organização também aponta as origens históricas do conflito, afirmando que "a batalha do povo palestino contra a ocupação e o colonialismo não começou em 7 de outubro, mas se iniciou há 105 anos, incluindo os 30 anos de colonialismo britânico e os 75 anos de ocupação sionista".
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