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Por O Globo e agências internacionais — Caracas

O procurador-geral da Venezuela anunciou nesta sexta-feira que subiu para 36 o número de presos em uma operação ligada a supostos planos, denunciados pelas autoridades, para matar o presidente Nicolás Maduro. As revelações provocaram turbulências no meio político, e levaram o governo a declarar que o acordo firmado com a oposição, no ano passado, para a realização de eleições no segundo semestre “está em suspenso”.

Em entrevista coletiva, Tarek William Saab, chamou a suposta operação, que aconteceria, segundo ele, perto do Ano Novo, de “conspiração continuada”. O procurador-geral afirmou que o plano previa ataques contra instalações militares, de onde seriam roubadas armas para, mais tarde, assassinar Nicolás Maduro e o governador do estado de Táchira, o também chavista Freddy Bernal. Entre os detidos e os que tiveram ordens de prisão estão ativistas de oposição, jornalistas e militares aposentados, inclusive no exterior.

Na entrevista, Saab, que é aliado de Maduro,mostrou vídeos que alguns dos acusados fizeram perto das instalações militares que, segundo ele, pretendiam atacar antes da ação contra Maduro. Além desse, os promotores afirmam que outros quatro planos de magnicídio estão sendo investigados.

— Isso demonstra que, efetivamente, foram realizadas tarefas de vigilância das unidades militares no estado de Táchira por parte do grupo terrorista. Qual bandeira ideológica podem ter essas pessoas que apresentamos? — questionou Saab. — Obviamente, são mentes mercenárias que se vendem ao melhor pagador, e se o Ministério Público não atuasse, tudo terminaria em uma implosão.

Na fala, ele ainda aproveitou para fazer uma crítica ao Equador, país que enfrenta uma grave onda de violência e instabilidade, e cujo presidente, Daniel Noboa, recusou, há cerca de duas semanas, uma oferta feita por Maduro de parceria em questões de segurança pública. Saab citou ainda o Peru, onde, no ano passado, houve violentos choques envolvendo cidadãos venezuelanos morando no país.

— A Venezuela não é o Equador, e não é o Peru — disse Saab, afirmando que vai prender todas as pessoas que “tentam desestabilizar o país”.

'Mortalmente ferido'

Desde a revelação dos supostos planos, o tom do governo em relação à oposição, que já não era dos melhores, se deteriorou de vez. Aliados de Maduro, como o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, disseram que haverá eleições no segundo semestre, como previsto pela Constituição, mas não garantiu o cumprimento do Acordo de Barbados, firmado ano passado com a oposição, com mediação da Noruega.

O plano previa, além do pleito, prometia oferecer garantias democráticas, mas organizações de defesa dos direitos humanos e ligadas à oposição afirmam que o número de prisões tem aumentado nos últimos meses.

Na quinta-feira, o próprio Maduro fez com que novos sinais de alerta acendessem: durante um discurso, ele afirmou que o acordo de Barbados, referência ao país onde o texto foi assinado, “estava mortalmente ferido”

— Eu os declaro em terapia intensiva, os apunhalaram, os chutaram. Talvez possamos salvar os Acordos de Barbados e avançar através do diálogo grandes acordos de consenso nacional, sem planos para me assassinar, para nos assassinar ou para encher o país de violência — disse o presidente.

Nesta sexta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça começou a analisar pedidos de revisão de políticos que foram inabilitados, e confirmou que María Corina Machado, vencedora das primárias de uma coalizão opositora em outubro do ano passado, não poderá concorrer a cargos públicos por 15 anos. Assim como ela, Henrique Capriles, um dos nomes mais conhecidos da oposição e que disputou a Presidência em duas ocasiões, também não poderá concorrer. Em 2017, ele foi inabilitado por 15 anos.

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