Uma pessoa morreu neste domingo (28) em uma igreja italiana de Istambul, Turquia, durante um ataque no momento em que era celebrada uma cerimônia religiosa.
O ataque foi executado por volta de 11h40 (5h40 de Brasília) no distrito Sariyer de Istambul por um grupo de homens encapuzados, segundo informou o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, nas redes sociais.
As autoridades turcas afirmaram que até o momento tudo indica que foi um ataque contra uma pessoa, e não contra a Igreja Católica. Segundo o ministro Yerlikaya, uma pessoa que acompanhava a missa, identificada como inicialmente CT, morreu no ataque.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, expressou condolências e afirmou que "os passos necessários foram adotados para dissuadir os autores do ataque o mais rápido possível". No momento do ataque, 40 pessoas estavam no templo, segundo as autoridades.
Policiais e ambulâncias foram enviados ao local, segunda uma igreja construída no século XIX. Imagens registradas por câmeras de segurança antes do ataque mostram dois homens com máscaras pretas - um deles usam óculos escuros -, com as mãos nos bolsos.
Após a oração do Angelus, o papa Francisco falou sobre o ataque. “Expresso minha proximidade com a comunidade da igreja Santa Maria de Istambul, que durante a missa foi alvo de um ataque armado que deixou um morto”, declarou o pontífice na Praça de São Pedro, Vaticano.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, expressou "condolências" e a "firme denúncias" ao ataque, em uma mensagem na rede social X. Ele declarou ter certeza de que "as autoridades turcas conseguirão dissuadir os responsáveis".
O incidente aconteceu pouco mais de uma semana após a primeira ministra italiana, Giorgia Meloni, ter se reunido com o presidente turco em Istambul, em 20 de janeiro. Os criminosos atiraram contra um cidadão em plena missa, disse Omer Celik, porta-voz do Partido pela Justiça e Desenvolvimento (AKP), que governa a Turquia.
“Nossas forças de segurança estão realizando uma investigação em larga escala”, declarou. “Aqueles que ameaçam a paz e a segurança dos nossos cidadãos nunca alcançarão os seus objetivos”, acrescentou.
O governador de Istambul, Davut Gul, afirmou à imprensa no local do ataque que não foram registrados feridos.
A motivação do ataque ainda não foi determinada. Em dezembro, as forças de segurança turcas prenderam 32 pessoas suspeitas de integrar o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e de planejar atentados contra sinagogas, igrejas e a embaixada do Iraque.
As detenções aconteceram em nove cidades, incluindo Istambul e Ancara, a capital. Nos últimos meses, a Turquia reforçou as operações contra os membros do EI, grupo que reivindicou vários atentados no país, incluindo o de 1º de janeiro de 2017 contra uma casa noturna de Istambul, que deixou 39 mortos.
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