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Por O Globo — Riad

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GERADO EM: 02/08/2024 - 11:13

Blinken busca trégua em Gaza e alianças no Oriente Médio

O Chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, viaja ao Oriente Médio em busca de trégua em Gaza, visitando Arábia Saudita, Israel, Egito e Catar. Busca alianças para libertar reféns em Gaza e evitar guerra regional. Enfrenta desafios com demandas do Hamas e tensões com Irã. (297 caracteres)

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou à Arábia Saudita nesta segunda-feira para uma nova viagem pelo Oriente Médio em busca de uma trégua na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Com a viagem, Washington também quer evitar uma guerra mais ampla na região e reunir aliados em torno de uma proposta para libertar reféns mantidos em Gaza, num momento em que a Casa Branca procura retaliar milícias apoiadas pelo Irã que atacaram tropas americanas na Jordânia, matando três soldados e ferindo mais de 40 na semana passada.

Em sua quinta viagem à região desde os ataques de 7 de outubro em Israel, Blinken desembarcou em Riad, na Arábia Saudita, e deve visitar Israel, Egito e Catar. Autoridades americanas disseram que ele espera avançar nas conversações sobre uma série de acordos interligados para pôr fim à guerra em Gaza e que realizará reuniões com líderes da Arábia Saudita, Egito, Catar, Israel e Cisjordânia — todos os principais participantes das negociações sobre um possível cessar-fogo nos combates.

Blinken planeja abordar uma proposta de trégua delineada em janeiro por autoridades americanas, israelenses, egípcias e do Catar reunidas em Paris. A trégua sugerida imporia uma pausa de seis semanas nos combates para que o Hamas libertasse mais de 100 reféns mantidos em Gaza em troca de uma pausa nos combates e da libertação de palestinos detidos em prisões de Israel, de acordo com uma fonte do grupo islâmico.

Washington e seus aliados árabes ainda estão aguardando uma resposta do Hamas sobre essa estrutura. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que não aceitará as exigências do Hamas em relação aos reféns retidos na Faixa de Gaza.

— O Hamas tem exigências que não aceitaremos — disse Netanyahu durante uma reunião de representantes de seu partido, acrescentando que os termos de um eventual acordo "devem ser similares aos do acordo anterior", que permitiu uma trégua em novembro.

Netanyahu também insistiu que uma vitória israelense em Gaza seria um "golpe fatal" para o Hamas e outros grupos pró-iranianos na região, como o Hezbollah do Líbano e os rebeldes houthi do Iêmen.

A guerra eclodiu após os ataques sem precedentes do Hamas em 7 de outubro contra Israel, que deixaram cerca de 1.160 pessoas mortas, a maioria civis, de acordo com uma avaliação da AFP baseada em números oficiais. Os milicianos islâmicos também sequestraram cerca de 250 reféns e, de acordo com Israel, 132 permanecem em Gaza, incluindo pelo menos 27 que teriam sido mortos.

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva militar que matou pelo menos 27.478 pessoas em Gaza, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do território. Os habitantes do enclave enfrentam condições humanitárias terríveis, e a agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA, disse na rede social X (antigo Twitter) que "o acesso à água potável e ao saneamento é muito limitado em meio a bombardeios incessantes".

Tensão regional

Uma autoridade dos EUA, que falou sob condição de anonimato para detalhar os esforços diplomáticos, disse que Blinken também dirá aos aliados americanos na região que os recentes ataques do governo do presidente Joe Biden contra as milícias apoiadas pelo Irã não devem ser interpretados como uma escalada dos combates no Oriente Médio.

Os EUA realizaram dezenas de ataques militares nos últimos dias contra alvos no Iraque e na Síria, em retaliação à morte de três militares americanos em uma base próxima à fronteira síria, na Jordânia. E aviões de guerra americanos e britânicos, com o apoio de aliados, realizaram uma nova rodada de bombardeios contra a milícia houthi apoiada pelo Irã no Iêmen, em um esforço para impedir que o grupo ataque navios no Mar Vermelho.

Os ataques no Iraque e na Síria levaram a Rússia a solicitar uma reunião "urgente" do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que estava programada para se reunir na tarde desta segunda-feira. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, acusou Washington no sábado de aumentar ainda mais o conflito no Oriente Médio, dizendo que os ataques demonstraram a "natureza agressiva da política dos EUA" na região.

Em Israel, o principal diplomata de Biden transmitirá as preocupações americanas sobre o número crescente de mortes de civis em Gaza. Mais de 27 mil palestinos foram mortos desde 7 de outubro, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e quase dois milhões de pessoas foram deslocadas pelos combates.

— Temos sido igualmente claros quanto à necessidade de cuidar e responder ao imenso e terrível sofrimento do povo palestino — disse o assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, no domingo. — E isso significa pressionar Israel em questões relacionadas à assistência humanitária que ajudamos a desbloquear e levar para a Faixa de Gaza, e é preciso que haja muito mais

Blinken ainda discutirá o que os diplomatas chamam de planos "do dia seguinte" para administrar Gaza após o fim dos combates, incluindo um possível papel para a Autoridade Palestina, que administra partes da Cisjordânia ocupada por Israel.

O governo Biden espera fazer progressos para que a Arábia Saudita estabeleça relações diplomáticas com Israel, um objetivo de longo prazo que os EUA consideram importante para estabilizar o Oriente Médio. De acordo com um acordo proposto, Washington ofereceria à Arábia Saudita um tratado de defesa, ajudaria com um programa nuclear civil e aumentaria as vendas de armas, enquanto os sauditas e os americanos, em teoria, fariam com que Israel aceitasse condições para medidas concretas em direção à criação de um Estado palestino em troca do reconhecimento saudita. (Com The New York Times e Israel)

Mais recente Próxima ONU anuncia apuração independente sobre agência para palestinos após Israel acusar participação em ataque terrorista

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