Príncipe Harry, que vai visitar rei Charles após diagnóstico de câncer, rompeu com família real em 2020; relembre

"O príncipe Harry conversou com o rei sobre seu diagnóstico de câncer e viajará da Califórnia para o Reino Unido para vê-lo nos próximos dias", informou a BBC.

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Harry e Meghan anunciaram em janeiro de 2020 que trabalhariam para se tornar “financeiramente independentes” e que deixariam a condição de “membros sêniores” da família real britânica. Na prática, os dois abriram mão do protocolo real, ou seja, de acompanhar o monarca em compromissos e eventos oficiais, mas não de seus respectivos título reais.

Mas a relação do duque e da duquesa de Sussex com a família real nunca foi das melhores. Harry e Meghan criticaram repetidamente a monarquia britânica desde que se mudaram para os EUA, em 2020. Os ataques se intensificaram no início de 2023, com a estreia de uma série na Netflix, a aparição do casal em entrevistas na televisão e a publicação de um livro de memórias do príncipe.

Em sua polêmica autobiografia, publicada em janeiro do ano passado, Harry revelou detalhes sórdidos da família real, e acusou o irmão William, primeiro na linha de sucessão ao trono, de tê-lo agredido fisicamente durante uma discussão sobre Meghan.

Desde o início, o relacionamento de Harry com Meghan — uma atriz americana divorciada, filha de pai branco e mãe negra — foi alvo de duras críticas por parte da imprensa britânica, vistas por muitos como racistas. Artigos sobre seu divórcio, a separação de seus pais e seus meio-irmãos cessaram por um período após seu casamento, em 2018, mas rapidamente voltaram na forma de críticas a suas roupas, hábitos e desejos.

O tom é bastante diferente do adotado em relação à duquesa de Cambridge e mulher de William, Kate Middleton , que personifica a imagem de um membro perfeito da família real, que cumpre suas obrigações com afinco e sem expressar queixas.

A duquesa de Sussex estava "convencida de que havia uma conspiração contra ela" depois do casamento e sempre se sentiu "excluída" pela família real, disse um amigo de Meghan sob condição de anonimato em 2020.

Durante uma entrevista de duas horas à apresentadora americana Oprah Winfrey, transmitida em horário nobre numa noite de domingo em 2021, o casal disse que integrantes da família real não queriam que o filho do casal recebesse o título de príncipe ou princesa e demonstraram preocupação sobre o "quão escura" sua pele seria.

Ao abrir mão de suas funções, Harry e Meghan também perderam benefícios. Durante o primeiro ano após o casamento, entre 2018 e 2019, a maior parte da renda anual de Harry e Meghan veio dos 5 milhões de libras pagos pelo então príncipe de Gales para custear seus deveres públicos, além de algumas despesas privadas. O Subsídio Soberano financiado pelos contribuintes britânicos compôs os 5% restantes do que o casal recebeu por ter sido atuante em nome da família real.

Após a perda dos direitos oferecidos aos membros da realeza britânica, o então príncipe Charles ofereceu "uma quantia substancial" entre abril e junho de 2020 para servir de suporte à transição econômica do filho mais novo rumo à sua "independência financeira". As contas do Ducado da Cornualha mostram que o casal — juntamente com o príncipe William e Kate — recebeu 4,5 milhões de libras, informou a BBC.

Aos 39 anos, Harry, o duque de Sussex, é o quinto na linha de sucessão ao trono, atrás de seu irmão, William, e dos sobrinhos, George, Charlotte e Louis.