A petrolífera americana ExxonMobil planeja perfurar ainda este ano dois poços de extração de petróleo junto ao litoral do Essequibo, região rica em petróleo e recursos naturais que a Venezuela disputa com a Guiana. O anúncio foi feito pelo presidente da companhia no país, Alistair Routledge, nesta terça-feira.
"Planejamos perfurar dois poços exploratórios ao oeste de Liza e Payara. O Pez Trompeta e a Polilla Roja estão planejados mais para o centro do Bloco Stabroek ao longo deste ano", disse Routledge em uma coletiva de imprensa.
O anúncio acontece após a diminuição das tensões entre a Guiana e Venezuela, exacerbadas no final do ano passado depois que Georgetown abriu uma licitação de poços petrolíferos na região. A intenção é desenvolver poços "independentes" nessa região onde não existe infraestrutura, indicou Routledge ao agradecer a diminuição das tensões entre os dois países.
Conheça alguns helicópteros militares da Venezuela
![Helicóptero de ataque Mi-24 Hind, versão russa do Mi-35 venezuelano — Foto: Cezary Piwowarski](https://s2-oglobo.glbimg.com/QxdeDvVo04y4PpiWPswOHOGx3E8=/0x0:2235x1306/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/6/LARNgjT2egWoCi8ln5PQ/mi-24-hind.jpg)
![Helicóptero de ataque Mi-24 Hind, versão russa do Mi-35 venezuelano — Foto: Cezary Piwowarski](https://s2-oglobo.glbimg.com/XS8xOzNtCUlREc1Ngz5S1iE0dqk=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/6/LARNgjT2egWoCi8ln5PQ/mi-24-hind.jpg)
Helicóptero de ataque Mi-24 Hind, versão russa do Mi-35 venezuelano — Foto: Cezary Piwowarski
![Helicóptero de transporte Mi-26 — Foto: Wikimedia](https://s2-oglobo.glbimg.com/BdO9a1UKpI2C_SJAcvOdNt_6UWM=/0x0:1280x841/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/T/u/ZD8g8yRn6fdu1ggA5zvw/mi-26.jpg)
![Helicóptero de transporte Mi-26 — Foto: Wikimedia](https://s2-oglobo.glbimg.com/DTke3rIIEQ3_WqefvoL_gBaAHE4=/1280x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/T/u/ZD8g8yRn6fdu1ggA5zvw/mi-26.jpg)
Helicóptero de transporte Mi-26 — Foto: Wikimedia
Publicidade
![Helicóptero naval Bell 212 ASW — Foto: Marinha Italiana](https://s2-oglobo.glbimg.com/rhWWtxNEMbTBE6qopydgGPVexsc=/0x0:750x501/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/1/n/EsMABkS52JSDpM9ZpjWQ/bell-212-asw.jpg)
![Helicóptero naval Bell 212 ASW — Foto: Marinha Italiana](https://s2-oglobo.glbimg.com/h6_hy-qpN-43K3BsMvlqthbgm10=/750x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/1/n/EsMABkS52JSDpM9ZpjWQ/bell-212-asw.jpg)
Helicóptero naval Bell 212 ASW — Foto: Marinha Italiana
![Helicóptero multifunções AS332B Super Puma, também usado pela Marinha Brasileira — Foto: Wikimedia](https://s2-oglobo.glbimg.com/sFTUo3vrdGjeoOsE1Xv4jVZOlEY=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/0/c/osoUpvReaAEWPE8mB7Tw/as332b-super-puma.jpg)
Helicóptero multifunções AS332B Super Puma, também usado pela Marinha Brasileira — Foto: Wikimedia
Publicidade
![Helicóptero multifunções Mi-17 — Foto: Wikimedia](https://s2-oglobo.glbimg.com/BIDlmQYe7oGl3DTT6xUQYKQPV90=/800x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/K/CKKM4iRBaNBuGCNfNAfA/mi-17.jpg)
Helicóptero multifunções Mi-17 — Foto: Wikimedia
![Helicóptero multifunções AS532 Cougar — Foto: Wikimedia](https://s2-oglobo.glbimg.com/RBg2UHikEmPrGWe7j793fmR10Zg=/800x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/W/p/I0AANyQyCEbpkjzrW5tQ/as532-cougar.jpg)
Helicóptero multifunções AS532 Cougar — Foto: Wikimedia
Publicidade
Ele reconheceu, contudo, que a crise pela disputa havia "colocado muita gente nervosa", mas acrescentou que a Exxon "tem a tranquilidade" de que o contrato com a Guiana "é válido sob a lei local" e o "direito internacional".
"Temos direitos válidos sobre os blocos dos quais estamos participando", disse Routledge.
A Venezuela havia interceptado dois navios de exploração sísmica, contratados pela Exxon em 2018 em frente à região do Essequibo. O litígio centenário que os dois países mantêm pela região do Essequibo recrudesceu em 2015 após a descoberta de reservas petrolíferas na região pela Exxon.
As tensões se acentuaram após a celebração de um referendo sobre a soberania do Essequibo em 3 de dezembro na Venezuela, que impulsionou a criação de um estado nesse território, e depois com a chegada de um navio de guerra britânico a águas guianesas, ao qual a Venezuela respondeu mobilizando mais de 5.600 homens em exercícios militares perto do limite em disputa.
A crise despertou o temor de um conflito armado na região que levou a Comunidade do Caribe (Caricom) e o Brasil a realizar um encontro entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Guiana, Irfaan Ali, em São Vicente e Granadinas.
Os mandatários se comprometeram a não fazer uso da força. A Venezuela também pediu à Guiana que rejeite a "interferência" de terceiros na disputa territorial, e rechaçou a posição dos Estados Unidos e Reino Unido em apoio à Guiana.
"A colaboração que estamos vendo com a Guiana de outros países na frente militar, assim como na frente diplomática e econômica (...) acredito que é algo saudável (...) e espero que continuem", disse Routledge.
Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY