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Por O Globo e agências internacionais — Cairo

RESUMO

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GERADO EM: 15/08/2024 - 11:04

Crise em Gaza: Tensão na fronteira Egito-Israel cresce

O Egito teme invasão de palestinos em sua fronteira com Israel em Rafah devido à expansão das operações militares. A crise humanitária em Gaza piora, com mais de metade da população na região. O Hamas propõe cessar-fogo em três fases. A ONU alerta sobre consequências humanitárias catastróficas. O secretário de Estado dos EUA expressa preocupação e pede prioridade aos civis. Israel enfrenta pressão para acordo de trégua enquanto busca eliminar o Hamas.

O governo egípcio está preocupado com a possibilidade de um movimento em massa de moradores de Gaza em direção ao seu território, depois que Israel anunciou a expansão de suas operações militares no sul do enclave palestino, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país nesta quinta-feira. Segundo o porta-voz egípcio, a situação na cidade de Rafah, para onde as tropas israelenses estão se dirigindo, é “insuportável e catastrófica”.

— A continuidade dos ataques israelenses em áreas densamente povoadas criará uma realidade inabitável. O cenário de deslocamento em massa é uma possibilidade. A posição egípcia sobre isso tem sido muito clara e direta: somos contra essa política e não a permitiremos — declarou Ahmed Abu Zeid em uma entrevista ao canal de notícias egípcio al-Ghad.

Nas últimas semanas, imagens que circularam nas mídias sociais mostraram o Egito aparentemente fortificando suas defesas na fronteira com Gaza, utilizando arame farpado e construindo novos muros, segundo informações do jornal israelense Times of Israel.

Antes da guerra, Rafah abrigava cerca de 250 mil pessoas. Hoje, mais da metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão na região, em meio a uma crise humanitária em espiral — estima-se que haja um chuveiro para cada 2 mil palestinos e um banheiro para cada 500 pessoas na cidade.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou na quarta-feira que os militares se preparassem para entrar em Rafah, um dia após rejeitar a contraproposta do Hamas para um cessar-fogo, chamando as exigências do grupo terrorista de “bizarras” e “delirantes. O chefe das Nações Unidas, António Guterres, por sua vez, alertou na quarta-feira que uma investida militar israelense na cidade "aumentaria exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário".

— À medida que a guerra avança em Rafah, fico extremamente preocupado com a segurança e o bem-estar das famílias que suportaram o impensável em busca de segurança — disse o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths. — Suas condições de vida são abismais. Eles não têm as necessidades básicas para sobreviver, perseguidos pela fome, doenças e morte.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está em Israel, não chegou a pedir ao governo de Netanyahu que não avançasse sobre a cidade, mas expressou preocupação. Blinken também insistiu que ainda via "espaço para alcançar um acordo" de trégua e libertação de reféns. Uma nova rodada de negociações, que está acontecendo no Cairo, acontece nesta quinta-feira.

— [Qualquer] operação militar que Israel empreenda precisa colocar os civis em primeiro lugar — afirmou.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. Israel prometeu eliminar o Hamas e lançou ataques aéreos e uma ofensiva terrestre que matou pelo menos 27.840 pessoas, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Os extremistas também capturaram cerca de 240 reféns em 7 de outubro. Israel afirma que 136 deles permanecem em Gaza, dos quais acredita-se que 32 tenham morrido.

O destino dos reféns tem dominado a sociedade israelense e, embora Netanyahu tenha insistido repetidamente que a pressão militar é a única maneira de trazê-los de volta para casa, o premier vem enfrentado cada vez mais apelos para chegar a um acordo.

Israel acredita que a liderança do Hamas está escondida nas profundezas da vasta rede de túneis que o grupo terrorista construiu sob a Faixa de Gaza, que, segundo autoridades militares, se estende por centenas de quilômetros.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, prometeu na semana passada que as Forças Armadas israelenses alcançarão e desmantelarão a Brigada Rafah do Hamas, da mesma forma que estão trabalhando atualmente para fazer com os batalhões do Hamas na área de Khan Younis. (Com AFP)

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