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Por O Globo — Carolina do Sul, EUA

Donald Trump ameaçou, no sábado, que se ganhar as eleições presidenciais nos Estados Unidos não defenderá os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que estão em atraso com seus pagamentos, e que até encorajaria a Rússia a atacá-los. O ex-presidente dos EUA censura frequentemente os membros da Otan por não financiarem suficientemente o bloco.

Em seu discurso durante um comício na Carolina do Sul, Trump mencionou uma conversa com um responsável da Otan, mas sem especificar quem.

- Um dos presidentes de um grande país levantou-se e disse: ‘Bem, senhor, se não pagarmos e a Rússia nos atacar, você nos protegerá?’ - relatou o ex-presidente, antes de revelar sua resposta: - Não, eu não faria isso. Na verdade eu encorajaria (a Rússia) a fazer o que quisessem. Eles devem pagar as suas dívidas.

O ex-presidente e atual candidato à Presidência da República não deixou claro se pretendia levar a cabo tal ameaça ou o que isso significaria para a aliança, mas o seu comentário em um evento de campanha provavelmente causará preocupação entre os estados membros da Otan, que já estão muito nervosos com a perspectiva de um retorno de Trump.

Essa declaração surge depois do republicano, provável rival do presidente Joe Biden nas eleições de novembro, ter pressionado os legisladores republicanos no Congresso a afundar um projeto de lei que incluía ajuda à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia. Em paralelo, as autoridades europeias expressam preocupação com uma possível agressão russa no lado oriental da Otan.

Putin, apesar de ter criticado a expansão da Otan rumo ao Leste da Europa, negou ter planos para atacar a Polônia e a Letônia, a menos, pontuou, que essas nações ataquem primeiro. A declaração ocorreu durante sua entrevista com o apresentador americano Tucker Carlson, na quinta-feira.

Por outro lado, o líder russo também pediu aos Estados Unidos que "façam um acordo" para acabar com a guerra na Ucrânia, cedendo o território ucraniano à Rússia, comentários que foram vistos por alguns como um apelo aos conservadores americanos para bloquear um maior envolvimento na guerra.

Algumas autoridades europeias e especialistas em política externa disseram estar preocupados com a possibilidade de a Rússia invadir uma nação da organização após o término da guerra com Kiev, temores que, segundo eles, são intensificados pela possibilidade de Trump voltar à presidência.

Em um comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, classificou os comentários de Trump como "terríveis e desequilibrados", afirmando que "encorajar invasões dos nossos aliados mais próximos por regimes assassinos é terrível e perturbador”.

“Em vez de apelar à guerra e promover o caos, o presidente Biden continuará a apoiar a liderança americana”, acrescentou o porta-voz.

Deportação em massa

Trump já expressou anteriormente sua crença de que o apoio à organização é excessivamente oneroso para os Estados Unidos, dizendo que a aliança drena seus recursos financeiros e militares. Seu site de campanha diz que o país deve reavaliar o propósito da organização.

Ele mencionou, no passado, ter dito em particular aos membros da Otan que os EUA não os defenderiam de ataques russos se eles estivessem em atraso. No ano passado, ele afirmou, durante um discurso de campanha, que "centenas de bilhões de dólares passaram a fluir" para a aliança depois de ter feito essa ameaça.

Ainda durante o evento de campanha na Carolina do Sul, no sábado, Trump saudou o colapso do projeto de lei para resolver a crise de imigração na fronteira com o México e garantiu que haverá uma "operação de deportação" massiva desde o seu primeiro dia no cargo.

— No primeiro dia acabarei com todas as políticas de fronteiras abertas da administração Biden e iniciarei a maior operação de deportação nacional na história dos Estados Unidos. Não temos opção — disse. (Com AFP e New York Times)

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