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Por O Globo, com agências internacionais

Os chefes do Mossad (o serviço secreto externo israelense), David Barnea, e da Agência Central de Inteligência dos EUA, William Burns, desembarcaram nesta terça-feira no Cairo para participarem das negociações sobre um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. A nova rodada de conversas acontece em um momento em que a pressão sobre Israel aumenta diante da iminência de uma anunciada ofensiva terrestre ampla contra a cidade de Rafah, que é refúgio para 1,4 milhão de pessoas, mais da metade da população palestina do enclave. A ameaça israelense levou a pedidos de moderação de Washington a Pequim, passando por Europa e ONU, entre outros.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Israel não deveria prosseguir com uma grande ofensiva terrestre em Rafah sem um “plano crível” para proteger as mais de um milhão de pessoas deslocadas pelo conflito para a região — antes de a guerra começar, em 7 de outubro passado, com o ataque do Hamas a Israel, Rafah tinha 250 mil habitantes. Na segunda-feira, depois de se reunir na Casa Branca com o rei Abdullah II, da Jordânia, o democrata fez a cobrança pública.

— Muitas pessoas foram deslocadas, deslocadas várias vezes, fugindo da violência no norte, e agora estão amontoadas em Rafah, expostas e vulneráveis — disse em uma aparição com o rei Abdullah. — Eles precisam ser protegidos.

Biden rejeitou a ideia de um cessar-fogo total, dizendo que Israel tem o direito de se defender. Mas ele pressionou por uma pausa de seis semanas nos combates que poderia permitir a libertação dos mais de 100 reféns mantidos pelo Hamas e algo “mais duradouro”. Mais de 28 mil pessoas já morreram no enclave — a maior parte delas menores e mulheres — nos ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Participam das negociações no Cairo também o premier do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, e autoridades egípcias e israelenses. Na semana passada, o esboço de acordo proposto, que previa uma trégua de mais de cem dias, foi tachado de "delirante" pelo premier de Israel, Benjamin Netanyahu, que prometeu conduzir a guerra até a destruição do Hamas, objetivo cada vez mais questionado.

No encontro com Biden, o rei Abdullah, disse que uma invasão israelense de Rafah produziria outra catástrofe humanitária. No enclave já há escassez de água, alimentos, combustíveis e medicamentos, e a cidade na fronteira com o Egito transformou-se num acampamento gigante de refugiados, que buscaram abrigo ali fugidas do norte de Gaza após Israel dar um ultimato para a retirada antes de iniciar uma ofensiva terrestre na região. Agora, o governo israelense faz o mesmo no sul, sob alegação de que um ataque terrestre a Rafah é necessário para erradicar as forças militares restantes do Hamas. Além disso, Netanyahu insiste em que apenas a pressão militar vai levar à libertação dos reféns.

— A situação já é insuportável para mais de um milhão de pessoas que foram empurradas para Rafah desde o início da guerra — disse o monarca jordaniano. — Não podemos ficar parados e deixar isso continuar. Precisamos de um cessar-fogo duradouro agora. Esta guerra deve acabar.

A pressão internacional também cresceu em outras frentes. A China pediu, na terça-feira, que Israel interrompesse as operações militares em Gaza o mais rapidamente possível para "evitar uma catástrofe humanitária ainda mais grave". A Chancelaria chinesa apontou, em um breve comunicado, que Israel deveria “fazer todo o possível para evitar baixas entre civis inocentes".

Em Moscou, a Rússia anunciou estar "preparada para apoiar qualquer ação" que leve à libertação dos reféns e a um cessar-fogo. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o interesse do país é por uma solução ampla para o problema.

— Acreditamos que as ações devem ser construtivas, visando a uma solução abrangente do problema no âmbito do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança previamente adotadas — disse Peskov.

O governo brasileiro também emitiu uma nota sobre os riscos da nova ofensiva terrestre programada por Israel em Rafah. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que "tal operação, se levada a cabo, terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito". (NYT e AFP)

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