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Por AFP — Nações Unidas, EUA

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está "chocado" com a morte de Alexei Navalny, principal opositor do presidente Vladimir Putin, nesta sexta-feira, e pediu uma "investigação completa, crível e transparente" do caso, informou o seu porta-voz. A declaração do chefe da organização soma-se a outras manifestações de líderes e autoridades internacionais, alguns dos quais culparam diretamente o governo russo pela morte do ativista.

"O secretário-geral da ONU está chocado com as notícias sobre a morte em detenção de Alexei Navalny (...) e apela a uma investigação completa, crível e transparente sobre as circunstâncias da sua morte", disse Stéphane Dujarric.

Mais cedo, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (ACNUDH) disse estar "indignado" com a morte de Navalny, afirmando que "todos os presos ou condenados a diversas penas de prisão por causa do exercício legítimo de seus direitos, [...] devem ser libertados imediatamente e todas as acusações contra eles devem ser abandonadas."

O anúncio da morte de Navalny foi feito pelo Serviço Penitenciário Federal do país, ao informar que o ativista “sentiu-se mal após uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência”. O órgão afirmou que as causas da morte estão sendo investigadas. Porta-voz do detento, Kira Yarmysh, disse que ainda não tem “nenhuma confirmação” sobre o ocorrido.

Sua morte provocou uma forte repercussão mundial, com alguns líderes e autoridades culpando diretamente Putin pela morte. Entre eles está o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse estar "indignado" com a notícia. "O que aconteceu a Navalny é mais uma prova da brutalidade de Putin. Ninguém se deve deixar enganar", afirmou o líder americano, acrescentando que o país ainda não sabe "exatamente o que aconteceu" com o opositor.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, já havia acusado diretamente o governo russo, seguido pelo conselheiro de Segurança Nacional do presidente Biden, Jake Sullivan, ao pontuar à NPR que “o longo e sombrio” histórico do Kremlin de assediar seus opositores “levanta questões reais e óbvias sobre o que aconteceu”.

Da Europa, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a União Europeia "responsabiliza o regime russo por esta morte trágica”. Michel escreveu que Alexei Navalny lutou pelos valores da liberdade e da democracia”, e que, “por seus ideais, ele fez o sacrifício supremo”.

Na Ucrânia, o assessor presidencial Andriy Yermak disse que Putin “teme qualquer competição”. Ele escreveu que o líder é “o mal supremo”, e que “a vida dos russos não significa nada para ele”. “Todos que pedem por negociações [sobre a guerra na Ucrânia] devem perceber que ele não pode ser confiável. A única linguagem que ele entende é a força”, continuou.

Em um comunicado, a Chancelaria russa rejeitou o que chamou de "acusações grosseiras", alegando que "valeria mais dar demonstrações de moderação e aguardar os resultados oficiais da investigação médica" sobre as causas da morte.

Navalny, um ativista anticorrupção e um dos principais adversários políticos do presidente Vladimir Putin, cumpria uma pena de 19 anos de prisão por "extremismo", devendo cumprir a pena em uma colônia de "regime especial". Ele foi detido em janeiro de 2021 ao retornar à Rússia, depois de se recuperar na Alemanha de um envenenamento que, segundo ele, foi planejado pelo Kremlin.

Sua morte ocorre a praticamente um mês das eleições presidenciais russas, marcadas para março, na qual Putin já confirmou que concorrerá.

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