Mundo
PUBLICIDADE
Por — Brasília

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira que o chanceler israelense, Israel Katz, espalha informações falsas sobre declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A declaração acontece após Katz subir o tom e dizer que a declaração de Lula comparando a ação militar de Israel na Faixa de Gaza ao genocídio do povo judeu pelo governo nazista durante a Segunda Guerra Mundial é "uma cusparada no rosto dos judeus brasileiros".

Segundo Pimenta, Lula não "fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o Holocausto" na declaração que causou a crise entre os dois países.

“O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças”, disse Pimenta.

O ministro ainda afirmou que "o Governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder".

Katz voltou a exigir nesta terça-feira um pedido de desculpas do presidente brasileiro por comparar, no último domingo, as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto. “Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, escreveu o chanceler.

Em contrapartida, a Presidência da República vem sinalizando que as chances de uma retratação de Lula são remotas. Ao GLOBO, o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, afirmou que as declarações de Katz “não têm cabimento”.

A crise diplomática entre Brasil e Israel começou após uma fala de Lula no domingo, durante visita à Etiópia. O chefe do Executivo comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto — que causou o extermínio de cerca de seis milhões de judeu pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A fala do presidente foi chamada de "vergonhosa" pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Na segunda-feira, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi convocado para uma reunião no Museu do Holocausto, em Jerusalém. O episódio levou o chanceler Mauro Vieira a chamar Meyer de volta ao Brasil, em uma demonstração de que o governo brasileiro estava insatisfeito com o tratamento dado ao diplomata.

Mais recente Próxima Brasil recebe chefe da diplomacia dos EUA pela primeira vez em meio à crise entre Lula e Israel

Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY

Mais do Globo

Trabalhador de 28 anos tentava salvar máquinas da empresa e foi cercado pelo fogo

Brasileiro morre carbonizado em incêndio florestal em Portugal

Marçal prestou depoimento nesta segunda-feira (16) sobre o episódio

Novo vídeo: ângulo aberto divulgado pela TV Cultura mostra que Datena tentou dar segunda cadeirada em Marçal

Polícia Civil deve cumprir mandados de prisão contra os suspeitos ainda esta semana

Incêndios florestais no RJ: 20 pessoas são suspeitas de provocar queimadas no estado

Além de estimativas frustradas, ministro diz que comunicação do BC americano levou analistas a vislumbrar possibilidade de subida na taxa básica americana

Haddad vê descompasso nas expectativas sobre decisões dos BCs globais em torno dos juros

Ministro diz que estes gastos fora do Orçamento não representariam violação às regras

Haddad: Crédito extraordinário para enfrentar eventos climáticos não enfraquece arcabouço fiscal

Presidente irá se reunir com chefes do STF e Congresso Nacional para tratar sobre incêndios

Lula prepara pacote de medidas para responder a queimadas

Birmingham e Wrexham estão empatados na liderança da competição

'Clássico de Hollywood': time de Tom Brady vence clube de Ryan Reynolds pela terceira divisão inglesa

Projeto mantém medida integralmente em 2024 e prevê reoneração a partir de 2025

Lula sanciona projeto de desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra

Empresas de combustível foram investigadas pelo Ministério Público por esquema de fraudes fiscais

Copape e Aster pedem recuperação judicial para tentar reverter cassação de licenças pela ANP