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Por , e , Em The New York Times

O Irã tem se esforçado para conter as milícias no Iraque e na Síria. A medida teve início depois que os Estados Unidos conduziram uma série de bombardeios aéreos em resposta às mortes de três soldados americanos no final de janeiro. Em um primeiro momento, houve a preocupação de que a violência local pudesse levar a uma escalada do conflito no Oriente Médio. No entanto, desde os ataques dos EUA em 2 de fevereiro, autoridades americanas afirmaram que não houve registros de ofensivas de milícias apoiadas pelo Irã contra suas bases no Iraque, e que apenas dois ataques menores ocorreram na Síria.

Antes disso, o Exército dos EUA havia registrado ao menos 170 ataques contra tropas americanas em quatro meses, disseram autoridades do Pentágono. O relativo silêncio atual reflete decisões de ambos os lados e sugere que o Irã tem algum nível de controle sobre as milícias. A administração do presidente americano Joe Biden deixou claro que Teerã será responsabilizada por erros de cálculo, mas evitou qualquer ataque direto ao Irã. Em entrevista ao New York Times, o general Kenneth McKenzie Jr., ex-chefe do Comando Central do Pentágono, disse que a resposta dos EUA “pode estar fazendo algum efeito”.

A pausa nos ataques também marca uma reviravolta acentuada pelo Irã. Isso porque o país havia direcionado seus representantes regionais no Iraque e na Síria para atacar bases americanas no Oriente Médio como parte de uma batalha mais ampla contra Israel, que está concentrado nos combates contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Após as mortes dos soldados americanos, porém, os líderes iranianos passaram a se preocupar com a possibilidade de que o nível de autonomia fornecido às milícias estivesse começando a se voltar contra eles.

— Eles têm medo de um confronto direto com os EUA. Sabem que se americanos forem mortos novamente isso significa uma guerra — disse Sina Azodi, professor da Universidade George Washington e especialista em segurança nacional do Irã. — Eles tiveram que frear a milícia e convencê-los de que uma guerra com os Estados Unidos poderia prejudicar primeiro o Teerã e, por extensão, todo o eixo.

O Irã financia, arma e fornece suporte técnico e treinamento para uma rede de grupos militantes na região que chama de Eixo da Resistência. Os grupos incluem o Hezbollah no Líbano; os Houthis no Iêmen; milícias no Iraque e Síria e o Hamas e a Jihad Islâmica na Faixa de Gaza. Embora Teerã direcione uma estratégia geral para o eixo, o nível de controle e coordenação do dia-a-dia varia. O Irã tem mais influência sobre o Hezbollah, com as milícias sírias e iraquianas ocupando uma posição intermediária e os Houthis sendo os mais autônomos.

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