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Por — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que, ao comparar as mortes na Faixa de Gaza com as mortes de judeus por Hitler na Segunda Guerra Mundial, não usou a palavra "Holocausto" e que o termo foi parte da interpretação das autoridades israelenses.

— Primeiro que não disse a palavra Holocausto. Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel. Não foi minha. A segunda coisa é a seguinte, morte é morte — afirmou Lula em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, cuja íntegra ainda não foi divulgada.

Durante viagem à Etiópia neste mês, Lula se referiu às mortes em Gaza como "genocídio" e afirmou que o acontecimento só se compara às mortes de judeus por Hitler.

— O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus — afirmou Lula na ocasião.

A fala de Lula desencadeou uma crise diplomática e fez com que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarasse Lula "persona non grata" no país até que peça desculpas.

O governo de Israel também mudou o protocolo para encontros com diplomatas e representantes de nações estrangeiras e resolveu fazer uma reunião com o embaixador do Brasil em Israel no Museu do Holocausto, em Jerusalém, após as falas de Lula. A decisão foi considerada um "circo" por diplomatas brasileiros.

Ainda durante a entrevista, Lula reafirmou a posição do Brasil em condenar os ataques terroristas do Hamas, mas afirmou que não podia "ver o Exército de Israel fazendo com inocente a mesma barbaridade". Lula ressaltou que, desde o começo do conflito, está pedindo o cessar-fogo e um corredor humanitário para a entrada de alimentos e socorro médico.

— O Brasil foi o primeiro país a condenar o gesto terrorista do Hamas. O primeiro país. Mas eu não posso condenar o gesto terrorista do Hamas e ver o estado de Israel através do seu Exército, do seu primeiro-ministro fazendo com inocente a mesma barbaridade. Ou seja, o que nós estamos clamando: que parem os tiroteiros, que permitam a chegada de alimento, remédio, de médico, enfermeiro, para que a gente tenha um corredor humanitário e tratar das pessoas. É isso — afirmou na entrevista.

Em seguida, sem citar diretamente o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Lula afirmou que não esperava que o governo de Israel fosse "compreender" os pedidos, porque "conhece o cidadão já há algum tempo" e sabe "o que ele pensa ideologicamente".

— Agora veja, eu não esperava que o governo de Israel fosse compreender. Eu não esperava. Porque eu conheço o cidadão historicamente já há algum tempo, eu sei o que ele pensa ideologicamente (corta).

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