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Por — Brasília

Em mais uma forte crítica a Tel Aviv, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que Israel pratica uma "punição coletiva" na Faixa de Gaza e que é preciso "parar a carnificina em nome da sobrevivência da Humanidade". Lula afirmou que a "nossa dignidade e humanidade" estão ameaçadas. O presidente deu as declarações durante seu discurso na 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino- Americanos e Caribenhos (Celac), um dia depois de autoridades palestinas acusarem militares de Israel de fazerem disparos contra pessoas durante uma entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, causando a morte de mais de cem pessoas e cerca de 760 feridos em meio ao caos resultante.

As Forças Armadas de Israel negam que tenham disparado contra os palestinos que esperavam a ajuda humanitária, afirmando que as mortes decorreram de uma confusão durante a entrega, quando houve saques aos caminhões, com os soldados somente tendo disparado para o ar e contra as pernas de um grupo de residentes que se afastou do comboio humanitário e se aproximou de uma unidade militar israelense.

— A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante — afirmou Lula. — Quero terminar dizendo para vocês que a nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso, é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da Humanidade, que precisa de muito humanismo.

Lula também pediu ao secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, para que invocar o artigo 99 da Carta da ONU para tratar sobre a crise em Gaza. O artigo 99 é é uma das ferramentas diplomáticas de maior poder simbólico à disposição do secretário-geral da ONU e permite que um tema que ameace a paz e segurança internacional seja levado à atenção do Conselho de Segurança. Por fim, também pediu uma moção pelo "fim do genocídio" na Faixa de Gaza.

— Quero aproveitar a presença do secretário-geral da ONU, meu companheiro António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio.

Lula ainda fez um apelo aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que possuem poder de veto, para que "deixem suas diferenças e ponham fim à matança". São membros permanentes a China, França, Rússia, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, além dos Estados Unidos. O presidente também pediu que o próximo país a assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Japão, paute o tema.

— Faço um apelo ao governo japonês, que assume a presidência do Conselho a partir de hoje, para que paute esse tema com toda a urgência. Peço aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que deixem de lados suas diferenças e ponham fim a essa matança.

Os Estados Unidos, país com assento permanente no Conselho, já vetou três resoluções que pediam um cessar-fogo na região.

Em nota, publicada nesta sexta-feira, o Itamaraty afirmou que tomou conhecimento do episódio com "profunda consternação" e que, para além da "necessária apuração de responsabilidades" sobre o incidente, as aglomerações em torno dos caminhões mostram a "situação intolerável" e "desesperadora" vivida pelos palestinos no território, onde há "dificuldades para obtenção de alimentos".

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