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Por — Porto Príncipe

Gangues armadas invadiram a principal prisão nacional da capital do Haiti, Porto Príncipe, no sábado, libertando a vasta maioria dos cerca de 4 mil homens presos, disse um jornalista local à rede britânica BBC, incluindo pessoas que haviam sido acusadas de envolvimento no assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021. O ataque ocorreu em meio a uma onda de distúrbios que abala o país há vários dias, informaram a embaixada francesa e a mídia local.

"Na noite de sábado, um grupo de criminosos invadiu a penitenciária nacional de Porto Príncipe e permitiu a fuga de um número indeterminado de detidos", escreveu a embaixada francesa na capital haitiana em um comunicado transmitido à AFP mais cedo. A embaixada apelou à "prudência" e a evitar "deslocamentos".

Por sua vez, o Sindicato da Polícia Nacional do Haiti pediu aos policiais e militares que possuam carros, armas e munições que se dirigissem à prisão para reforçar a segurança, segundo mensagem em crioulo publicada na rede social X.

Pelo menos uma dúzia de pessoas foram encontradas mortas após a fuga em massa de detentos. Alguns dos corpos haviam sido atingidos por balas ou projéteis, segundo um repórter da AFP que conseguiu entrar na prisão, cuja porta estava "aberta" e onde não havia "quase ninguém".

— Muitos corpos de detentos foram contados — disse à AFP Pierre Espérance, diretor executivo da Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH).

Entre os prisioneiros que fugiram estão "membros importantes de gangues muito poderosas", informou o jornal Gazette d'Haïti.

Criminosos comuns, líderes de gangues e também os acusados do assassinato de Moïse foram detidos naquela prisão, localizada a poucos quarteirões do Palácio Nacional, informou o jornal Le Nouvelliste. Desde quinta-feira, os agressores espionavam a prisão com drones, acrescentou a mídia.

Porto Príncipe vem sofrendo ataques violentos desde quinta-feira por gangues que alegam querer a renúncia do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, que está fora da capital, segundo o Le Nouvelliste.

As gangues, agrupadas sob o slogan "Living Together", estão realizando ataques coordenados em Porto Príncipe contra locais estratégicos, como a prisão, o aeroporto internacional e vários prédios da polícia.

Desde o início dos distúrbios, pelo menos quatro policiais foram mortos e dezenas de pessoas ficaram feridas no país, mergulhado em uma grave crise política, de segurança e humanitária.

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