Asif Ali Zardari, do Partido Popular do Paquistão (PPP) e viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 2007, foi eleito presidente do Paquistão neste sábado (9), anunciou a Comissão Eleitoral do país. Assim, ele volta ao cargo que ocupou entre 2008 e 2013.
Na votação do colegiado eleitoral, o novo presidente recebeu 411 votos contra os 181 do candidato apoiado pela oposição. O colegiado é composto por membros das duas câmaras do Parlamento e das quatro assembleias provinciais.
A vitória de Zardari ocorreu mediante um acordo selado após as eleições legislativas e provinciais de 8 de fevereiro, marcadas por graves acusações de fraude. O Partido Popular do Paquistão (PPP), que ele lidera junto com seu filho Bilawal Bhutto Zardari, chegou a um acordo de coalizão com o seu adversário histórico, a Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), de Shehbaz Sharif.
Seguindo o pacto, Sharif foi eleito primeiro-ministro em 3 de março, enquanto Asif Ali Zardari seria escolhido para a presidência.
Candidatos independentes apoiados pelo Paquistão Tehreek-e-insaf (PTI), partido do ex-premiê Imran Khan, preso em agosto, saíram vitoriosos das eleições, mas o partido denunciou manipulações no processo eleitoral. Contudo, a recusa em participar de qualquer aliança deixou o campo livre para os seus principais adversários, a quem descreveram como "ladrões de mandatos".
Asif Ali Zardari era casado com a ex-premiê Benazir Bhutto, a primeira mulher da era moderna a liderar um país muçulmano, assassinada em 2007. Após a tragédia, ele voltou do exílio para assumir o comando do PPP. O partido venceu as eleições legislativas seguintes e ele foi eleito presidente pelo Parlamento em setembro de 2008.
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