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O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que um eventual isolamento da Venezuela na América do Sul prejudicará a unidade da região. Amorim conversou, na última quinta-feira, com representantes do governo e da oposição daquele país e disse que há diálogo entre as partes, apesar das diferenças.

— Não interessa nem à Venezuela, nem ao Brasil, uma Venezuela isolada. O mundo está cada vez mais complexo. Para nós, a unidade na América do Sul é fundamental. Quando eu digo unidade, não quer dizer que não haja nuances de um regime para outro e de um governo para outro — disse Amorim ao GLOBO.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido criticado por não condenar as ações antidemocráticas, diretas e indiretas, do líder venezuelano Nicolás Maduro.

O governo tenta manter um canal de diálogo com Caracas, mas por enquanto as tratativas tiveram pouco efeito, na avaliação de especialistas.

Com forte influência de Maduro, o Judiciário decidiu que María Corina Machado — forte candidata da oposição ao presidente da Venezuela — ficará inelegível por 15 anos. E, nesta semana, assessores de María Corina foram presos, sob a acusação de estarem envolvidos em supostas conspirações e planos para promover a violência no país.

Amorim conversou com Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional, pelo governo venezuelano e, representando a oposição, o interlocutor foi Gerardo Blyde, da Plataforma Unitária.

— Continua havendo diálogo e, enquanto há diálogo, há esperança — afirmou.

Ele reforçou a posição do governo brasileiro de que sanções econômicas à Venezuela não têm o efeito desejado. Diante do risco de descumprimento do Acordo de Barbados, firmado entre governo e oposição para garantir a realização de eleições livres e transparentes, marcadas para julho deste ano, os Estados Unidos voltaram a aplicar algumas penalidades, com ênfase para restrições aos setores de petróleo e minérios.

— Sanções são contraproducentes — disse.

O principal assessor de Lula para assuntos internacionais defendeu a realização de eleições na Venezuela. Afirmou que é importante que a oposição tenha um candidato para concorrer com Maduro, que já anunciou que vai disputar o pleito.

Após conversar com representantes do governo e da oposição da Venezuela, Amorim manterá contatos com países que ajudaram a costurar o Acordo de Barbados, no fim do ano passado. Citou como exemplos México, Colômbia, Chile e Noruega, que foi mediadora.

— Continuamos atentos, sem interferência, procurando aumentar o diálogo com outros países — afirmou Amorim.

Para Amorim, o convite do governo venezuelano a várias organizações internacionais, incluindo a União Europeia, para acompanharem de perto as eleições, é um ponto positivo.

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