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Por O Globo — Moscou

Vários homens armados e camuflados abriram fogo em uma popular casa de shows nos arredores de Moscou, na noite de sexta-feira, matando pelo menos 133 pessoas e ferindo mais de 140, de acordo com o Serviço Federal de Segurança da Rússia. Um grande incêndio consumiu parte do prédio, e dezenas de pessoas foram resgatadas pelo terraço do complexo, através de escadas e helicópteros. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque, mas integrantes do governo também apontam para a Ucrânia, que nega.

Entenda, abaixo, como ocorreu o atentado.

Disparos aconteceram por volta das 20h

Um grupo de ao menos cinco homens armados invadiram o Crocus City Hall, um centro comercial em Krasnogorsk, subúrbio de Moscou, na noite de sexta-feira. Vestidos com roupas camufladas, eles abriram fogo contra as pessoas que estavam no hall de entrada do shopping, incluindo os seguranças, e se dirigiram para uma casa de shows que há no local. Os disparos, realizados com rifles de assalto AKM, aconteceram por volta das 20 horas (horário local), segundo relatos de uma testemunha que falou ao jornal New York Times.

 — Foto: Editoria de Arte
— Foto: Editoria de Arte

Ingressos para show estavam esgotados

No local seria realizado, minutos depois, um show da veterana banda de rock Piknik, e os ingressos estavam esgotados. O teatro tem capacidade para 6.200 pessoas, de acordo com seu site. Diversos vídeos publicados nas mídias sociais e verificados pelo New York Times mostram os atiradores chegando ao local e pessoas correndo ao lado de vítimas ensanguentadas deitadas no chão ou gritando ao som de tiros, enquanto fotos mostram corpos enfileirados do lado de fora do prédio.

Além do show, havia uma competição de dança infantil, e testemunhas relataram uma grande confusão quando os primeiros disparos foram ouvidos. Ao menos 40 pessoas morreram e cerca de 146 ficaram feridas, segundo as autoridades.

Atiradores atearam fogo no teatro

Os atiradores também atearam fogo às cadeiras do teatro, e as chamas rapidamente se espalharam pelo prédio, consumindo uma área de 12 mil metros quadrados e a parte do teto próximo ao palco, que desabou por volta das 22h (horário local), segundo a agência de notícias RIA Novosti. Foram ouvidas ao menos duas grandes explosões, mas não se sabe se foram provocadas por explosivos ou por equipamentos do centro comercial, como cilindros de gás.

Pouco depois da meia-noite pelo horário de Moscou, 18h pelo horário de Brasília, o grupo terrorista Estado Islâmico anunciou, através de sua agência de notícias, a Amaq, a autoria do ataque contra o centro comercial, sem dar mais detalhes.

No começo do mês, a embaixada dos EUA em Moscou emitiu um alerta para o risco de um "ataque de extremistas" na capital russa, orientando os cidadãos americanos a evitarem grandes aglomerações. O alarme veio no mesmo dia em que autoridades anunciaram a morte de supostos integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico em uma região a cerca de 200 km da cidade.

Na ocasião, o Serviço Federal de Segurança da Rússia informou que os suspeitos mortos integravam uma célula do chamado Estado Islâmico do Khorasan, ou ISIS-K, baseado no Afeganistão e que tem presença nas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central. No começo do mês, seis pessoas suspeitas de integrar a organização foram mortas na Inguchética, na região do Cáucaso.

Vítimas foram resgatadas de helicóptero

A agência de notícias estatal TASS informou que os serviços de emergência enviaram helicópteros para tentar resgatar a cerca de 100 pessoas que ficaram presas em uma área do centro comercial bloqueada pelas chamas. Elas foram retiradas pelo telhado do prédio, onde chamas e fumaça podiam ser vistas no céu noturno. Há relatos de 115 pessoas internadas, incluindo cinco crianças.

O Comitê Investigativo da Rússia informou que abriu um processo criminal para investigar um ato terrorista e enviou seus investigadores ao local. A RIA Novosti disse que uma unidade especial da polícia estava trabalhando dentro do prédio.

Um carro branco, cuja foto foi divulgada em redes sociais, pode ter sido o veículo usado pelos atiradores, inclusive para deixar o local, afirma a imprensa russa, mas as autoridades não confirmam essa informação, tampouco se algum deles foi preso ou morto.

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