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Por O Globo e agências internacionais — Washington

Os Estados Unidos reforçaram o apoio a Israel após o Irã lançar dezenas drones e mísseis em direção a Israel, num ataque retaliatório neste sábado. O presidente Joe Biden, que voltou às pressas do estado de Delaware para Washington, se reuniu com sua equipe de segurança nacional durante a noite para discutir a escalada do conflito no Oriente Médio e afirmou que o compromisso com a segurança de Israel é "inabalável".

"Acabei de me reunir com a minha equipe de segurança nacional para uma atualização sobre os ataques do Irã contra Israel. O nosso compromisso com a segurança de Israel contra as ameaças do Irã e dos seus representantes é inabalável", escreveu Biden no X (antigo Twitter).

De acordo com autoridades americanas, Biden deve falar nas próximas horas com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversou por telefone com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. De acordo com a declaração de Austin, ele disse a Gallant que "Israel poderia contar com o apoio total dos EUA para defender Israel contra quaisquer ataques do Irão e dos seus representantes regionais".

A declaração de Gallant, por sua vez, dizia que ele informou Austin "sobre as operações defensivas de Israel face ao ataque do Irã, e enfatizou que o sistema de defesa está preparado para quaisquer novas tentativas de atacar o Estado de Israel".

Mais cedo, a Casa Branca já havia divulgado uma nota em consonância com a declaração do presidente: "O presidente Biden foi claro: nosso apoio à segurança de Israel é inabalável. Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão sua defesa contra essas ameaças do Irã", afirmando também que "este ataque provavelmente se desdobrará ao longo de várias horas".

Em contrapartida, a missão iraniana nas Nações Unidas alertou Washington para se manter fora do conflito. "É um conflito entre o Irã e o regime desonesto israelense, do qual os EUA DEVEM FICAR LONGE!", disseram nas redes sociais.

Condenações ao ataque

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, também condenou os ataques do Irã a Israel. "A UE condena veementemente o inaceitável ataque iraniano contra Israel", escreveu ele na plataforma X (antigo Twitter). "Esta é uma escalada sem precedentes e uma grave ameaça à segurança regional".

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, divulgou nota na mesma rede social reforçando apoio a Israel, condenando os ataques e afirmando que o caso traz o risco de "inflamar as tensões e desestabilizar a região". "Condeno nos termos mais fortes o ataque imprudente do regime iraniano contra Israel", disse. "O Irã mais uma vez demonstrou que está determinado a semear o caos em seu próprio quintal." O premier adicionou que "ninguém quer ver mais derramamento de sangue".

Também se manifestou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelando pela desescalada imediata no conflito. "Condeno veementemente a grave escalada representada pelo ataque em grande escala lançado a Israel pela República Islâmica do Irã esta noite", disse em comunicado. Ele disse ainda que a região corre o risco de mergulhar numa guerra mais profunda e ampla em múltiplas frentes. "Tenho sublinhado repetidamente que nem a região nem o mundo podem permitir-se outra guerra."

A França também condenou "nos termos mais fortes possíveis" o ataque iraniano a Israel. "Ao tomar uma ação tão sem precedentes, o Irã ultrapassou um novo limiar nas suas ações desestabilizadoras e corre o risco de uma escalada militar", disse Stéphane Séjourné, ministro dos Negócios Estrangeiros de França, no X.

O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita também expressou preocupações com as recentes escaladas militares na região após os ataques contra Israel. O ministério instou ao Conselho de Segurança da ONU a "tomar medidas para manter a paz e segurança internacionais na região" e ressaltou a importância de evitar uma piora na crise, advertindo sobre "consequências graves se a situação se agravar".

Na Espanha, o premier Pedro Sánchez expressou "maior preocupação" com o ataque, enfatizando a necessidade de "evitar uma escalada regional". Ele afirmou que a Espanha está em contato com suas embaixadas na região para ajudar os espanhóis locais. Já o primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro, condenou veementemente o ataque, pedindo "moderação para evitar uma escalada da violência".

Por sua vez, o ex-presidente Donald Trump, que deve novamente enfrentar Biden nas eleições de novembro, aproveitou a brecha para atacar seu adversário.

— Deus abençoe o povo de Israel. Eles estão sendo atacados agora mesmo. É porque mostramos uma grande fraqueza — declarou o republicano em um comício eleitoral na Pensilvânia.

Ataque do Irã

O Irã realizou um ataque retaliatório contra Israel, lançando "dezenas de drones e mísseis" em direção ao território do Estado judeu, confirmaram a Guarda Revolucionária do Irã e as Forças Armadas israelenses neste sábado, marcando uma grande e perigosa escalada de tensões no Oriente Médio. Horas depois, a missão do Irã na ONU afirmou que a ofensiva foi uma resposta à agressão do regime sionista contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, acrescentando que, com a ação deste sábado, "o assunto pode ser considerado concluído". É a primeira vez que Teerã lança um ataque direto, a partir de seu território, contra o Estado judeu.

Desde que um ataque atribuído a Israel contra o anexo consular da embaixada do Irã na Síria causou a morte de membros da Guarda Revolucionária, força de elite iraniana, Teerã fez várias ameaças de retaliação. Em reação à ofensiva deste sábado, os Estados Unidos prometeram "dar apoio à defesa de Israel contra o Irã". Após os disparos feitos de Teerã, o movimento libanês Hezbollah e os rebeldes houthis, do Iêmen, lançaram foguetes e drones contra Israel, em uma ação coordenada partindo de diferentes frentes do chamado Eixo da Resistência. Ainda não está claro, porém, quais foram seus alvos.

Mais recente Próxima Mãe que protegia a filha de nove meses é uma das vítimas do ataque a facas em um shopping de Sydney

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