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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira, uma declaração conjunta com outros 16 países apelando ao Hamas pela libertação imediata dos reféns detidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista lançou um ataque ao sul de Israel, e apoiando um cessar-fogo do conflito, que completa 200 dias também nesta terça.

Além do Brasil, a nota é assinada por Alemanha, Argentina, Áustria, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Polônia, Portugal, Reino Unido, Romênia, Sérvia e Tailândia. “Apoiamos firmemente os esforços de mediação em curso para que nossos nacionais possam voltar para casa. Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise”, disseram os países.

No ataque terrorista, que deixo cerca de 1,2 mil mortos, 240 pessoas foram levadas como reféns para a Faixa de Gaza. No último acordo entre Israel e Hamas,110 sequestrados foram libertados em troca de 240 palestinos detidos em prisões israelenses. Mas estima-se que 129 ainda estejam sendo mantidos cativos no enclave palestino, e sesse total, 34 estariam mortos, segundo as autoridades de Israel. As negociações para um novo acordo seguem paralisadas, com as partes acusando-se mutuamente de bloqueá-las.

O documento também insta um cessar-fogo, afirmando que a trégua “facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades”. No fim de março, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que mencionava explicitamente a exigência de um cessar-fogo imediato no conflito para o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos e que terminou ainda naquele mês. O texto também exigia a "libertação imediata e incondicional de todos os reféns".

O Exército chegou a anunciar a retirada de tropas do sul de Gaza, mas convocou, no último dia 14, duas brigadas reservistas para servir no enclave. No dia seguinte, Israel voltou às operações na Faixa de Gaza.

200 dias de guerra

Nos últimos meses, Lula protagonizou fortes críticas a Israel pelas mortes em Gaza, chegando a afirmar que Israel pratica uma "punição coletiva" no enclave palestino e que é preciso "parar a carnificina em nome da sobrevivência da Humanidade". A fala mais polêmica foi feita em fevereiro, quando o presidente brasileiro comparou os ataques israelenses ao extermínio de judeus pelo governo nazista de Adolf Hitler na Alemanha.

— O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus — disse na ocasião.

As declarações desencadearam uma crise diplomática entre Brasília e Tel Aviv, com o presidente Lula sendo declarado "persona non grata" pelo chanceler israelense, Israel Katz. Líderes internacionais evitaram comentar a fala, mas lideranças da América Latina saíram em defesa do homólogo brasileiro frente à crise. Internamente, a declaração foi criticada pela oposição, bem como pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça.

Nesta terça-feira, a guerra entre Israel e o Hamas completou 200 dias na Faixa de Gaza. Não há sinais de trégua e, nas últimas 24 horas, 32 palestinos foram mortos por bombardeios israelenses no território, informou o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007. Ao todo, 34,1 mil pessoas, em sua maioria mulheres e menores de idade, morreram no enclave palestino desde o início do conflito.

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