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Quando as tropas Aliadas desembarcaram na Normandia, região histórica do noroeste da França, em junho de 1944, a Segunda Guerra Mundial passou a pender menos aos domínios nazistas. Após oito décadas, o veterano americano Harold Terens, volta ao lugar para um novo Dia D, desta vez do amor: o segundo casamento, aos 100 anos, com a nova companheira Jeanne Swerlin, de 96.

O ex-combatente, que hoje vive em Boca Ratón, na Flórida, ao sul dos Estados Unidos, será homenageado nas comemorações do 80º aniversário do desembarque, e decidiu aproveitar a viagem para unir-se de vez à amada. Eles são viúvos e vivem juntos desde 2021.

— Esta é uma história de amor como você nunca ouviu antes — disse Terens, que recebeu em 2019 a mais alta distinção francesa, a Legião de Honra, das mãos do presidente Emmanuel Macron, e agora vai ter o casamento celebrado pelo prefeito da cidade.

Durante entrevista à AFP, o sobrevivente de guerra e a futura esposa trocavam olhares apaixonados, davam as mãos e se beijavam como adolescentes. O noivo é tido como um homem alegre e espirituoso, dono de uma memória prodigiosa, digna dos grandes feitos que vivenciou.

— Harold é uma pessoa incrível. Eu amo tudo nele. Ele é bonito e beija muito bem — declara Jeanne.

A história de Terens no Exército americano começou aos 18 anos, em meio aos bombardeios do Japão à base naval dos Estados Unidos de Pearl Harbor. Como muitos jovens de seu país, à época, ele quis se alistar.

No início, sonhava em ser piloto da força aérea, mas o daltonismo o impediu e acabou se tornando um especialista em código Morse. Aos 20 anos, partiu para o Reino Unido em um navio. Por lá, foi designado para quatro caças P47 Thunderbolt, para os quais deveria garantir uma boa comunicação ar e terra.

— Estávamos perdendo a guerra porque estávamos perdendo muitos aviões e muitos pilotos — recorda o centenário. — Esses pilotos eram meus amigos e foram mortos. Eram todos jovens.

Casal diz que história de amor deles é "melhor que a de Romeu e Julieta". — Foto: GIORGIO VIERA/AFP
Casal diz que história de amor deles é "melhor que a de Romeu e Julieta". — Foto: GIORGIO VIERA/AFP

Metade dos 60 aviões da companhia de Terens foram abatidos durante o desembarque na Normandia. Pouco depois, ele viajou como voluntário para transportar para prisioneiros de guerra e Aliados libertados, e seguiu atuando em missões militares no Velho Mundo. O americano só voltou para Nova York, sua cidade natal, em 8 de maio de 1945, na rendição dos nazistas.

'Homem de sorte'

Com o fim da guerra, Terens se casou com Thelma, uma mulher com quem viveu por 70 anos e teve duas filhas e um filho. Em 2018, a primeira esposa morreu e ele teve que lidar com a dor do luto. No entanto, a vida estava prestes a lhe dar uma nova chance. Um amigo em comum o apresentou a Jeanne, que também havia ficado viúva.

Mas não houve amor à primeira vista. Em seu primeiro encontro, o veterano nem conseguiu olhar para ela, mas um segundo encontro mudou tudo e desde então eles não se separaram.

— Nunca amei ninguém como amo essa garota — diz Terens. — Ela ilumina minha vida. Ela torna tudo bonito, faz com que a vida valha a pena ser vivida.

Rodeados por familiares e amigos, eles dirão “sim” durante uma cerimônia em que uma neta de Terens cantará “I Will Always Love You”, de Whitney Houston, e sua bisneta de dois anos espalhará pétalas de flores pela sala.

— Sou provavelmente a pessoa mais sortuda do mundo — garante Terens. — Tenho tudo. Cem anos e ainda estou indo.

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