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Por AFP — Bogotá

Iván Márquez, antigo número dos da extinta guerrilha colombiana Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e cuja morte foi especulada, reapareceu num vídeo divulgado neste sábado expressando seu apoio a propostas do governo do presidente Gustavo Petro, com o qual uma dissidência rebelde que lidera decidiu iniciar diálogos.

Márquez, um rebelde linha dura que se rearmou após assinar o histórico acordo de paz de 2016 com as Farc, está à frente da facção conhecida como Segunda Marquetalia, com cerca de 1.663 combatentes.

Em julho passado, meios de comunicação locais especularam sobre sua morte após ele sofrer um atentado na Venezuela em 2022. No entanto, o governo desmentiu essas versões e, em março, a polícia anunciou que ele estava na Colômbia.

Num vídeo de 16 minutos, do qual o jornal El País divulgou um fragmento neste sábado, ele pode ser visto vestindo uma camiseta e óculos.

"Uma constituição bolivariana para a Colômbia seria uma ideia extraordinária", ouve-se Luciano Marín, o verdadeiro nome de Márquez, dizer em referência à proposta de Petro de realizar uma Assembleia Constituinte. Márquez acrescentou que graças à "genial ideia" do presidente colombiano, "ventos constituintes sopram, despertando a esperança das imensas multidões".

A gravação foi apresentada no Departamento de Vichada, na fronteira com a Venezuela, durante o Fórum Binacional de Paz, relatou El País.

— Queremos pedir ao governo nacional que faça até o impossível para garantir a presença de constituintes da periferia para que sejam ouvidos no recinto da magna assembleia — acrescentou Márquez, que tem dezenas de ordens de captura na Colômbia e nos Estados Unidos por crimes como narcotráfico e centenas de assassinatos.

O líder guerrilheiro participou em Havana das conversações prévias ao tratado de 2016 que desmobilizou a maior parte das Farc. Por um curto período, voltou à vida civil e foi eleito senador, até que em agosto de 2019 anunciou publicamente seu retorno à clandestinidade.

O retorno de Márquez representou um dos golpes mais fortes para o processo de paz que reintegrou à vida civil milhares de rebeldes daquela que foi a maior guerrilha da América.

Em fevereiro, o governo de Petro e a Segunda Marquetalia de Márquez anunciaram o início de um processo de diálogo, embora não tenham especificado uma data.

Petro, o primeiro esquerdista a governar a Colômbia, também dialoga com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN). As negociações com o Estado Maior Central (EMC), outra facção que se afastou do acordo de 2016, estão rompidas após o governo quebrar em 17 de março um cessar-fogo devido ao assassinato de uma indígena por rebeldes.

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