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Por O Globo e AFP

As Maldivas proibirão a entrada de cidadãos com passaportes israelenses no país, informou o Gabinete do presidente Mohamed Muizzu neste domingo. Em comunicado, o governo deixa claro que a medida é um protesto contra a guerra em Gaza, anunciando uma manifestação nacional em “solidariedade à Palestina”.

Não foram divulgados detalhes sobre quando a nova lei entrará em vigor. No ano passado, quase 11 mil israelenses visitaram o país, o equivalente a 0,6% do total de turistas.

Muizzu também anunciou uma campanha nacional chamada “Maldivianos em Solidariedade com a Palestina”, na qual serão arrecadados fundos para os palestinos. O destino dos valores será definido de acordo com a análise de um enviado especial do país, que conversará com autoridades para avaliar quais são as necessidades prioritárias no momento.

Localizada no Oceano índico, as Maldivas são uma nação de maioria islâmica com mais de mil ilhas de coral paradisíacas. Conhecido por suas praias isoladas de areia branca e águas rasas em azul turquesa, o país tornou-se um famoso destino turístico e atrai diversas celebridades para seus resorts de luxo todos os anos.

Esta não é a primeira que turistas israelenses são banidos de entrar no país. Na década de 1990, o país suspendeu uma restrição anterior que estava em vigor. A nação tentou restabelecer relações com Israel em 2010, mas as tratativas foram paralisadas após a derrubada do então presidente Mohamed Nasheed, em fevereiro de 2012.

Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, partidos da oposição e do governo vinham pressionando o presidente Muizzu a proibir a entrada de israelenes.

Dados oficiais mostraram que o número de israelenses que visitaram as Maldivas caiu para 528 nos primeiros quatro meses deste ano, 88% a menos em comparação com o período correspondente do ano passado, anterior à guerra.

Em resposta à proibição, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel pediu aos cidadãos que evitassem viajar para as Maldivas.

— Para os cidadãos israelenses que permanecem no país, é recomendável considerar a possibilidade de sair, já que se eles ficarem em perigo por qualquer motivo, será difícil para nós ajudarmos — acrescentou o porta-voz.

A guerra de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.189 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. Os combatentes também fizeram 252 reféns, 121 dos quais permanecem em Gaza, incluindo 37 que o Exército diz estarem mortos.

Em resposta, a ofensiva de Israel já matou pelo menos 36.439 pessoas em Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas desde 2007.

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