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Por O Globo e agências internacionais — Tel Aviv

O pai de Almog Meir Jan, o jovem de 21 anos que foi um dos quatro reféns resgatados da Faixa de Gaza neste sábado, morreu horas antes de descobrir que seu filho havia sido libertado, anunciou o serviço de emergência de Israel, o Magen David Adom (MDA). Yossi Meir, 57, estava doente e vivia sozinho em Kfar Saba. Segundo a imprensa local, ele teria sido encontrado inconsciente em casa por oficiais do Exército israelense que foram anunciar o resgate de seu filho. Outras versões afirmam que o corpo de Yossi foi achado pela família.

Embora estivesse doente, familiares disseram à mídia de Israel que acreditam que ele tenha morrido de tristeza. À emissora pública Kan Bet, a irmã dele, Dina, disse que Yossi teve uma parada cardíaca. Ela afirmou que, ainda que todos estejam “muito felizes” com o retorno de seu sobrinho, “o cérebro não consegue absorver que isso é o fim”. Dina acrescentou que, nos últimos tempos, o irmão perdeu 20 quilos, se fechou e não queria mais ver a família.

– Todos estavam preocupados com Yossi, mas ele não conseguia se comunicar com ninguém – disse. – Ele amava muito Almog, cuidava muito dele, queria saber o que estava acontecendo com ele e o que estava passando. Ele não aguentou, cada [potencial acordo de reféns] que explodiu na cara dele partiu seu coração. Estamos arrasados.

A cunhada dele, Yaffit, também contou que ele passava o tempo “colado à televisão”, em busca de “cada pedaço de informação” que pudesse lhe oferecer atualizações sobre “o que estava acontecendo com o filho e pelo que ele estava passando”. O rabino Lior Engelman, amigo próximo de Yossi, disse que o pai de Almog morreu “tragicamente” 20 horas antes de poder se reencontrar com o filho. Ele afirmou que Yossi era “um homem cuja vida não foi fácil, e a tristeza por Almog o corroía todos os dias”.

– Yossi amava Almog com todo o coração e estava atormentado – disse.

Pouco depois de reencontrar sua família e amigos, Almog foi informado sobre a morte de seu pai. Yossi Jan será enterrado ainda neste domingo, e seus familiares pediram ao público para que não comparecesse.

Do sequestro ao resgate

Morador da cidade israelense Or Yehuda, Almog estava no festival Nova, atacado no último 7 de outubro durante a invasão sem precedentes do território israelense pelo grupo terrorista Hamas. Na ocasião, 1,2 mil pessoas foram mortas, e mais de 250 foram sequestradas. Na manhã daquele dia, Almog chegou a ligar para a mãe, Orit, para contar que houve tiros e explosões no local, e dizer que a amava.

O jovem tinha sido visto pela última vez num vídeo gravado no dia do atentado. Ao Times of Israel, o tio de Almog, Aviram Meir, disse que ele apareceu nas imagens ao lado de outros jovens, todos “assustados”. O Exército confirmou que Almog estava entre os cativos em 12 de outubro.

Um dia após a guerra em Gaza completar oito meses, e bem quando os mediadores correm para tentar selar um acordo de trégua entre as partes do conflito, as Forças Armadas israelenses anunciaram, neste sábado, que suas tropas resgataram com vida quatro reféns mantidos em Gaza: Almog Meir Jan, de 21 anos, Noa Argamani, de 26, Andrey Kozlov, de 27, e Shlomi Ziv, de 41. Todos estavam em boas condições médicas e foram transferidos para o hospital para exames adicionais.

Em publicação no X (antigo Twitter), o Exército israelense afirmou que eles “foram resgatados em uma operação especial” conduzida pelas Forças Armadas, a Agência de Segurança e a Polícia de Israel. Segundo autoridades de Washington, uma equipe de oficiais americanos especializada em recuperação de reféns que foi enviada a Israel também forneceu informações de inteligência e apoio logístico às forças israelenses. Tel Aviv pontuou, contudo, que os Estados Unidos não esteve envolvido no planejamento ou execução das operações militares.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas desde 2007, pelo menos 274 pessoas morreram no campo de refugiados de Nuseirat durante a operação israelense que permitiu a libertação dos reféns neste sábado. Desde o início da guerra, segundo a mesma fonte, pelo menos 37 mil palestinos foram mortos. (Com AFP)

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