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O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu viajar para a Itália nesta quarta-feira, onde participará como convidado da cúpula do G7 apenas em companhia de sua irmã, a secretária geral da Presidência, Karina Milei, que vem ampliando seu poder na Casa Rosada. A ministra das Relações Exteriores argentina, Diana Mondino, confirmaram fontes do governo argentino a meios de comunicação locais, entre eles o jornal La Nación, não será parte da pequena delegação que chegará nesta quinta à região italiana de Apulia, onde será realizado o encontro.

Por decisão do chefe de Estado, Modino será a representante da Argentina na reunião convocada pelo governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Suíça, no próximo fim de semana, para discutir sua proposta de paz com a Rússia de Vladimir Putin — encontro já esvaziado pela ausência de vários presidentes, entre eles o do Brasil. Em Buenos Aires, a não participação de Mondino no G7 não chamou a atenção e confirmou a percepção de que a irmã do presidente está expandindo sua influência em diversas áreas do governo.

Karina é, junto ao assessor presidencial Santiago Caputo, um dos principais cérebros por trás da campanha presidencial de 2023, parte de um círculo de poder cada vez menor, no qual se apoia o presidente argentino. Segundo informação publicada no Diário Oficial nesta segunda, a secretaria comandada pela irmã de Milei absorveu a Fundação Argentina para a Promoção de Investimentos e Comércio Internacional, que até agora estava no âmbito da Chancelaria Argentina. Ou seja, Karina assumirá funções que eram de Mondino. Na capital argentina, rumores indicam que se tratou de mais um passo da secretaria-geral da Presidência em seu caminho para acumular cada vez mais funções dentro do governo.

Em Apulia, o presidente argentino ainda não tem uma agenda de reuniões bilaterais confirmadas. Segundo o site Infobae, a Casa Rosada solicitou um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas fonte do Planalto diz que informação não procede. Em todas as conversas que tiver no G7, Milei estará apenas com sua irmã, que pouco entende de política externa.

Enquanto o poder de Karina cresce, o de ministros como Mondino se reduz dia a dia. No final da semana passada, o presidente cancelou um encontro com embaixadores organizado pela comunidade islâmica em Buenos Aires quando descobriu que nele estaria o embaixador da Palestina. Milei mantém um alinhamento absoluto com Israel, e a presença do embaixador da Palestina causou profundo mal-estar no presidente, segundo informaram jornalistas locais. Mondino participou do encontro em representação do governo.

Karina é a principal articuladora política do governo, a encarregada de construir um partido com representatividade nacional, de fazer contatos com aliados dentro e fora da Argentina e agora, também, de acompanhar o presidente em cúpulas internacionais. Chamada por seu irmão de “a chefe”, a secretária-geral da Presidência, que nunca se casou nem teve filhos, é também a pessoa em quem Milei se apoia emocionalmente.

Karina inspira medo entre colaboradores do governo, porque seu principal recurso político, diz o jornalista Juan Luis González, autor da biografia não autorizada de Milei intitulada “El Loco” (o louco, em tradução livre), é “cortar cabeças”.

— O método de Karina é afastar pessoas nas quais não confia. Em todos os casos, são pessoas com ambição de poder — aponta González.

Karina entrou para a política junto a seu irmão, sem qualquer tipo de experiência prévia. A secretária-geral da Presidência estudou Relações Públicas, foi organizadora de eventos e teve um empreendimento de venda de bolos. Segundo conta González em seu livro, antes da vitória de Milei nas eleições presidenciais, o presidente ajudava financeiramente sua irmã, que passou por momentos de apertos econômicos.

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