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Por AFP — Paris

A justiça francesa suspendeu, nesta sexta-feira, a decisão dos dirigentes do partido conservador Os Republicanos (LR, em francês) de demitir seu presidente, Éric Ciotti, depois de ele propor uma aliança inédita com a extrema direita nas eleições legislativas.

Um tribunal de Paris ordenou a suspensão "dos efeitos das duas exclusões definitivas ditadas contra Ciotti nos dias 12 e 14 de junho", em uma medida temporária "até que se profira uma resolução definitiva sobre o mérito" do assunto.

Ciotti, de 58 anos e representante da ala mais conservadora do LR, propôs na segunda-feira uma aliança com o Reagrupamento Nacional (RN) da ultradireitista Marine Le Pen, ao considerar que ambas as formações compartilhavam "valores de direita".

Os dirigentes do partido rejeitaram rapidamente esta proposta, em um contexto de crise política na França pelo inesperado adiantamento das legislativas, decretado pelo presidente Emmanuel Macron em razão da vitória da extrema direita nas eleições europeias.

Em uma reunião realizada na quarta-feira, os dirigentes do LR resolver expulsar seu presidente, decisão confirmada em outro encontro nesta sexta-feira. Mas Ciotti se recusou a abandonar a presidência do partido e recorreu à Justiça.

Nesta sexta-feira, o ultradireitista Jordan Bardella, que o RN propôs como candidato a primeiro-ministro em caso de vitória nas eleições legislativas, anunciou que sua legenda e o LR de Ciotti acordaram "candidaturas comuns" em 70 das 577 circunscrições francesas.

Esta decisão inédita por parte do líder do LR, um partido que no passado chefiou o Executivo com os presidentes Charles de Gaulle, Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy, rompeu com o tradicional isolamento imposto à extrema direita na França.

As legislativas estão previstas para os próximos dias 30 de junho e 7 de julho, um pouco antes dos Jogos Olímpicos, que começam 26 de julho.

A extrema direita RN aparece na liderança com 31% das intenções de voto, de acordo com uma pesquisa do instituto Elabe, seguido da esquerda, com 28%, e da aliança de centro de Macron, com 18%. O LR obteria cerca de 6,5% dos votos, apontam projeções.

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