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Por O Globo e agências internacionais — Nairóbi

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GERADO EM: 25/06/2024 - 15:32

Protestos no Quênia: Internet interrompida e violência

Protestos no Quênia resultam em interrupção da internet e violência, com invasão e incêndio de prédios públicos. Manifestantes se opõem a projeto de lei financeira, exigindo sua eliminação. Cinco mortos e várias pessoas feridas durante os confrontos. A Anistia Internacional condena a interrupção da internet como violação dos direitos humanos.

Após manifestantes invadirem e incendiarem os prédios onde ficam o Parlamento e a Prefeitura de Nairóbi nesta terça-feira, o site de monitoramento de internet NetBlocks relatou que houve uma “grande interrupção” na conectividade no Quênia e em países vizinhos. A organização anunciou no X (antigo Twitter), que “o incidente ocorre em meio à repressão policial” contra os manifestantes contra um novo projeto de lei financeira que levantam a hashtag #RejectFinanceBill2024 e “um dia depois de as autoridades afirmarem que não haveria interrupção” da conexão.

As interrupções afetaram países vizinhos, incluindo Burundi, Uganda e Ruanda, de acordo com o NetBlocks. O site acrescentou que “o incidente provavelmente limitará a cobertura dos eventos no local onde os protestos estão ocorrendo” e disse que, embora o operador de rede queniano Safaricom afirme “que dois de seus cabos submarinos sofreram interrupções”, a causa do atual problema de conexão no país “permanece inexplicável neste momento”. Houve relatos de dificuldade de acesso a redes sociais, fundamental para unir os manifestantes.

Em meio às preocupações de que a conexão pudesse ser cortada, a Anistia Internacional do Quênia declarou, em nota publicada na segunda-feira, que “a internet e os meios de comunicação de massa são fundamentais para o direito do público à informação, (...) e para a economia digital, responsável por cerca de 10% do PIB” do país.

A organização ressaltou ainda que “desligar ou limitar a internet, banir hashtags ou impor uma proibição de cobertura ao vivo nos meios de comunicação de massa seria uma grave violação dos direitos humanos fundamentais”.

Ao todo, pelo menos cinco pessoas morreram e 31 ficaram feridas durante os protestos no país. Manifestantes invadiram e incendiaram os prédios públicos, e atearam fogo em veículos nos arredores da Suprema Corte do país, o que provocou confrontos com as forças de segurança na capital. De acordo com a imprensa queniana, deputados que estavam na região fugiram por um túnel subterrâneo.

Manifestantes invadiram e incendiaram prédios do Parlamento e a Prefeitura de Nairóbi, no Quênia, e atearam fogo em veículos nos arredores da Suprema Corte do país — Foto: Editoria de Arte
Manifestantes invadiram e incendiaram prédios do Parlamento e a Prefeitura de Nairóbi, no Quênia, e atearam fogo em veículos nos arredores da Suprema Corte do país — Foto: Editoria de Arte

“Apesar da garantia do governo de que o direito a protesto seria protegido e facilitado, os protestos de hoje se transformaram em violência”, afirmaram em nota organizações de direitos civis e entidades locais como a Associação Médica, a Sociedade Jurídica e o Grupo de Trabalho sobre Reformas Policiais. Segundo o comunicado, 13 pessoas ficaram feridas por balas de fogo, e outras 21 foram sequestradas ou desapareceram nas últimas 24 horas – algumas das quais já foram libertadas. Ao menos 52 manifestantes foram presos.

A tensão explodiu no centro financeiro da capital, onde foi realizada a terceira manifestação em três dias do movimento “Occupy Parliament” (Ocupar o Parlamento), que se opõe a um projeto de Orçamento para 2024-2025. A proposta prevê a instituição de novos impostos, incluindo IVA de 16% sobre o pão e a taxa anual de 2,5% para veículos particulares. Há uma semana, o governo anunciou a retirada da maioria das medidas, mas, diante da insatisfação com o alto custo de vida na região, o movimento exige a eliminação total do texto.

Jovens que votaram no presidente William Ruto com aplausos por suas promessas de alívio econômico hoje tomaram as ruas para protestar contra as reformas. Apesar disso, os legisladores teriam votado a favor do projeto de lei antes da fuga pelo túnel.

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