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Por AFP — La Paz

A Bolívia convocou nesta segunda-feira o seu embaixador na Argentina para consultas, horas após rejeitar uma declaração do governo de Javier Milei, que descreveu a tentativa de golpe fracassado contra o presidente Luis Arce na semana passada como uma "falsa denúncia". Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores boliviano rejeitou "energicamente" o que chamou de declarações "inamistosas e temerárias" do governo argentino.

O governo ultraliberal de Milei, que mantém relações muito tensas com os governos de esquerda da região, citou "relatórios de inteligência" para apoiar as declarações do ex-presidente Evo Morales, ex-aliado e atual desafeto de Arce, que citou uma tentativa de "autogolpe".

Em resposta, a Chancelaria boliviana considerou que "as afirmações desinformadas e tendenciosas" sobre a "inexistência de um golpe de Estado" fracassado representam "um excesso e um negacionismo inaceitável", convidando a Presidência argentina a "informar-se e agir no âmbito dos princípios de respeito à soberania e não intervenção nos assuntos internos de outros Estados".

Com a declaração oficial de seu governo, Milei distancia-se do apoio internacional recebido pelo presidente boliviano diante da mobilização militar das Forças Armadas, liderada pelo general Juan José Zúñiga, ex-chefe do Exército, na semana passada.

Zúñiga liderou as tropas que cercaram o palácio presidencial boliviano com carros blindados por várias horas antes de se retirarem. O general e outros comandantes foram presos junto com outros 18 militares ativos e reformados, além de civis acusados de tentar derrubar o presidente.

A versão oficial, no entanto, começou a ser questionada depois que Zúñiga, ao ser capturado, afirmou ter agido a pedido de Arce para "aumentar sua popularidade", algo que foi negado pelo presidente boliviano. No domingo, Morales acusou Arce de ter "mentido ao mundo" com um "autogolpe". Horas depois, a Argentina publicou um documento dizendo que a democracia boliviana estava em perigo há tempos, não devido à tentativa de golpe, mas porque "historicamente os governos socialistas levam a ditaduras".

"O relato divulgado foi pouco credível e os argumentos não se enquadravam no contexto sociopolítico do país latino-americano", diz o comunicado argentino.

Zúñiga estava detido na prisão de segurança máxima de Chonchocoro, nos arredores de El Alto, um município próximo a La Paz, por ordem de um juiz que lhe impôs seis meses de prisão preventiva. No sábado, foi levado para El Abra, uma prisão de segurança máxima no departamento de Cochabamba. O general pode ser condenado a até 20 anos de prisão, de acordo com os promotores.

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