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Por O Globo, com agências internacionais — Tel Aviv

RESUMO

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GERADO EM: 04/07/2024 - 09:32

Netanyahu e Biden discutem trégua em Gaza

Netanyahu e Biden discutem nova proposta de trégua em Gaza apresentada pelo Hamas. Negociações intensas, crise interna em Israel e insatisfação militar em meio à guerra prolongada.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu enviar uma equipe de negociadores para discutir a nova proposta de cessar-fogo em Gaza e libertar os reféns capturados, apresentada na quarta-feira pelo Hamas. A decisão foi informada pelo Gabinete de Netanyahu após uma conversa do premier com o presidente americano, Joe Biden.

"O primeiro-ministro informou o presidente Biden da sua decisão de enviar uma delegação para continuar as negociações para a libertação dos reféns", informou o chefe de gabinete do governo israelense em um comunicado.

Uma delegação israelense liderada pelo chefe do Mossad — agência de inteligência nacional de Israel —, David Barnea, já está a caminho de Doha para as negociações, disse uma fonte próxima às discussões à AFP nesta quinta-feira. A delegação "se reunirá com o primeiro-ministro do Catar para discussões com o objetivo de aproximar as partes de um acordo sobre Gaza", revelou, sob condição de anonimato.

Integrantes do Gabinete de Segurança, como o ministro da Defesa Yoav Gallant, expressaram otimismo com a possibilidade de se chegar a um termo para recuperar os reféns.

No telefonema com Biden, Netanyahu teria informado sobre o envio da delegação ao mesmo tempo em que reforçou que segue empenhado em “terminar a guerra apenas depois de atingir todos os seus objetivos”, disseram pessoas com conhecimento da conversa, ao jornal Times of Israel.

As informações sobre a nova proposta do Hamas surgiram na quarta-feira. Em um comunicado divulgado na noite da quarta pelo Gabinete do premier, o Mossad informou que nova proposta chegou aos negociadores israelenses por meio de mediadores internacionais do conflito, que mantiveram contato direto com representantes do Hamas. O comunicado afirma que “Israel está avaliando os comentários e transmitirá sua resposta aos mediadores” em breve.

As autoridades não discutiram os termos da proposta detalhadamente em público, mas partes do lado israelense e do lado palestino delinearam uma imagem geral da proposta. Um porta-voz do Hamas que falou em anonimato com a agência Bloomberg disse que o grupo palestino mantém as exigências sobre um cessar-fogo em Gaza, a retirada das tropas inimigas do enclave e o retorno da população civil a suas cidades de origem.

Uma fonte ouvida pelo Canal 13 disse que o grupo palestino retirou um dos pontos que travou uma proposta anterior, sobre uma retirada imediata de tropas na fase inicial de implementação do acordo — as últimas propostas de trégua incluíram uma divisão em três fases, com objetivos específicos a serem cumpridos em cada uma delas.

Em uma declaração na quarta-feira, o Hamas indicou que Ismail Haniyeh, líder político do grupo, conversou com mediadores no Catar e no Egito sobre as ideias que estavam a ser discutidas, afirmando que a nova tentativa de negociação ocorreu dentro de um "espírito positivo".

Após um breve momento de otimismo no fim de maio, quando Biden sugeriu que Israel e Hamas se aproximavam de termos comuns a para um acordo, as negociações estagnaram nas últimas semanas. Nesse meio tempo, o governo israelense enfrentou uma crise interna, que levou a dissolução do Gabinete de Guerra, após a saída de Benny Gantz, líder da oposição na centro-direita. A pressão no norte, com o movimento libanês Hezbollah, também aumentou — mais de 200 foguetes foram lançados entre ontem e hoje, após a morte de um comandante em um ataque israelense .

Internamente, não há consenso em Israel sobre a interrupção da guerra. Apesar da pressão da oposição e da sociedade civil sobre o retorno dos reféns a qualquer custo, a cúpula do governo Netanyahu, sobretudo a ala radical liderada pelo ministro da segurança interna, Itamar Ben-Gvir, defende que a guerra continue até a eliminação completa do Hamas.

Diante da disputa política, após quase nove meses de guerra em Gaza e com a deterioração no norte, militares têm demonstrado uma insatisfação crescente com a falta de uma negociação diplomática eficaz e de um planejamento para o 'day after' em Gaza. Alguns generais já discutem, reservadamente, que a continuidade do conflito é um erro estratégico.

Em uma declaração célebre, no mês passado, uma fala do principal porta-voz do Exército, Daniel Hagari, causou polêmica ao afirmar que seria impossível eliminar o Hamas enquanto ideia. (Com Bloomberg e AFP)

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