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Por O Globo, com agências internacionais — Paris

RESUMO

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GERADO EM: 08/07/2024 - 12:35

Líder de extrema direita no Parlamento Europeu

Jordan Bardella foi escolhido como líder do bloco de extrema direita Patriotas Pela Europa no Parlamento Europeu, visando tornar-se a terceira maior bancada. A aliança inclui partidos de vários países e visa combater a imigração ilegal e promover a família tradicional.

O político francês Jordan Bardella, eurodeputado e líder do partido Reagrupamento Nacional que pretendia se tornar primeiro-ministro do país, foi apontado nesta segunda-feira como presidente do Patriotas Pela Europa, uma nova aliança de extrema direita no Parlamento Europeu, promovida pelo premier da Hungria, Viktor Orbán. O grupo, lançado oficialmente nesta segunda, ambiciona se tornar a terceira maior bancada do Legislativo europeu neste mandato.

Bardella, de 28 anos, é a nova face da extrema direita francesa. Chamado de "ciborgue" pela sua disciplina e método — uma máquina para conquistar o poder —, foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso do Reagrupamento Nacional nas eleições de junho, para o Parlamento Europeu, resultado que levou o presidente Emmanuel Macron a reagir com a convocação de uma eleição nacional antecipada.

Ainda no domingo, quando os resultados das urnas francesas mostravam a derrota de Bardella e seus aliados, o político francês antecipou a adesão, afirmando que "a partir de segunda-feira" , os deputados do Reagrupamento Nacional desempenhariam seus papéis "em um grupo forte que terá efeitos no equilíbrio de poder" do Parlamento Europeu.

"O Patriotas Pela Europa foi oficialmente acreditado como o novo grupo político de direita do Parlamento Europeu. Nosso grupo político iniciará sua jornada com Jordan Bardella como presidente e a eurodeputada Kinga Gál, do Fidesz como primeira vice-presidente", afirmou Zoltan Kovacs, porta-voz do presidente Orbán, nesta segunda-feira.

O Patriotas Pela Europa surgiu como uma tentativa de aplacar divisões internas da extrema direita, que chegou às eleições europeias de junho dividida em dois blocos: os Conservadores Reformistas (ECR) e o Identidade e Democracia (ID).

Por uma pauta comum que incluem o combate à "imigração ilegal" e a promoção da "família tradicional", o novo bloco deve reunir as bancadas do Reagrupamento Nacional (França), Fidesz (Hungria), Chega (Portugal) Vox (Espanha) e Partido pela Liberdade (Holanda).

Deputados do Patriotas Pela Europa fazem pronunciamento no Parlamento Europeu — Foto: François Walschaerts/AFP
Deputados do Patriotas Pela Europa fazem pronunciamento no Parlamento Europeu — Foto: François Walschaerts/AFP

Com a adesão do Reagrupamento Nacional — que perdeu o 2º turno das eleições francesas, acabando em 3º lugar —, a bancada do Patriotas Pela Europa já chega a uma média de 80 deputados, o que encaminha a "família política" da extrema direita superar o bloco Renovar Europa, que reúne deputados de partidos de centro e liberais.

A eurodeputada húngara Kinga Gál, eleita primeira vice-presidente do grupo, disse que o objetivo do bloco era mudar a forma como a UE faz política. Além disso, disse que a bancada conjunta era parte de um esforço para “preservar as nossas raízes indo-cristãs”.

— Hoje, começamos a trabalhar em conjunto com colegas que são capazes de tomar uma posição firme contra as decisões centralizadoras e prejudiciais [da UE em Bruxelas] — disse Gál.

Ao apresentar os novos líderes, o eurodeputado francês Jean-Paul Garraud mencionou a iniciativa como uma “reunião histórica” para lançar “um grupo que representa o movimento de soberania”. Ele acrescentou que, até o momento, a bancada inclui 84 eurodeputados de 12 nacionalidades.

Lideranças do Reagrupamento Nacional comemoram, em junho, a vitória nas eleições para o Parlamento Europeu — Foto: Nathan Laine/Bloomberg
Lideranças do Reagrupamento Nacional comemoram, em junho, a vitória nas eleições para o Parlamento Europeu — Foto: Nathan Laine/Bloomberg

O número de cadeiras deve ser suficiente para projetar o grupo como terceira força no Parlamento Europeu, o que deve garantir um impacto mais relevante nas votações legislativas. Contudo, não vai ser o bastante para superar o Partido Popular Europeu (PPE), de direita, e os Socialistas e Democratas (S&D), de esquerda, como os maiores blocos.

Também não deve conseguir representação nos cargos diretivos do Parlamento Europeu, uma vez que os dois primeiros colocados e o grupo Renovar Europa fecharam um acordo para distribuir os cargos entre eles. (Com AFP)

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