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Por — Ucrânia

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GERADO EM: 09/07/2024 - 10:29

Brasileiro morre na Ucrânia: assistência consular oferecida

Jovem brasileiro Murilo Lopes dos Santos morre na Ucrânia lutando como voluntário ao lado do exército ucraniano. Família recebe notícia por colega estrangeiro. Quinta morte de brasileiros no conflito, sendo o segundo paranaense. Ministério das Relações Exteriores oferece assistência consular.

Um jovem brasileiro de 26 anos, que lutava como voluntário na guerra da Ucrânia, morreu em combate. A família de Murilo Lopes dos Santos, que estava ao lado do exército ucraniano, recebeu a notícia por meio de um colega estrangeiro, na última sexta-feira.

O rapaz, que lutou ao lado de Murilo no exército ucraniano, entrou em contato com o pai do brasileiro por um aplicativo de mensagens, informando que ele havia falecido na cidade de Zaporizhzhia, na Ucrânia. O jovem foi atingido durante um combate contra forças russas, à beira do Rio Dnipro.

'Realização pessoal'

Brasileiro Murilo Lopes Santos, de 26 anos, morreu enquanto atuava como voluntário ao lado das forças ucranianas contra a Rússia — Foto: Reprodução
Brasileiro Murilo Lopes Santos, de 26 anos, morreu enquanto atuava como voluntário ao lado das forças ucranianas contra a Rússia — Foto: Reprodução

O jovem brasileiro, de Castro, no Paraná, partiu para a Ucrânia em novembro de 2022. Ele já havia servido ao Exército Brasileiro durante 18 meses, deixando a corporação devido ao término do tempo de serviço militar. De acordo com familiares, Murilo foi ao país europeu em busca de "uma realização pessoal".

Ainda segundo a família, ele desembarcou em Cracóvia, na Polônia, e pegou um ônibus até a divisa com a Ucrânia. Depois, ficou cerca de um mês na cidade ucraniana Ternopil.

Segundo a mãe do jovem, Rosângela Pavin Santos, Murilo teria morrido tentando salvar outro colega, que ficou gravemente ferido e está hospitalizado. Ela afirma que foi contra a decisão do filho, mas não conseguiu impedir que o rapaz cruzasse o mundo para luta pela Ucrânia.

Contato com a família

Em conversas com a mãe, o jovem relatava que não queria mais voltar a morar no Brasil e que tinha escolhido a Ucrânia como país para viver. Segundo ela, Murilo era um homem reservado, de poucas palavras. O contato com ele era através de aplicativo de mensagens, que aos poucos foi ficando cada vez mais escasso.

Rosângela teve o último contato com o filho na terça-feira (2), antes de sua partida para uma nova missão.

Nas redes sociais, Rosângela fez publicações sobre a perda do filho. “Meu menino, nunca pensei que você sairia nas páginas de notícias dessa forma, mas Deus tem um propósito na vida de cada um de nós e você cumpriu sua missão aqui na Terra e com muito louvor e honra […]”, escreveu.

“Com tantas atrocidades e tristezas de uma guerra, buscava sempre um jeito de descontrair e alegrar seus companheiros tornando o que estavam vivendo algo mais leve e suportável pra todos. Esse era você, meu herói”, publicou Rosângela.

Em uma das postagens, Rosângela lembrou que Murilo “amava os animais”, publicando alguns registros do filho acompanhados de dois gatos. Ela também compartilhou o registro de um vídeo no qual ele e outros voluntários brasileiros na Ucrânia aparecem cantando a música “Sinônimos”, de Chitãozinho e Xororó.

Despedida

Família ainda não sabe como funcionará o traslado do corpo, e afirmou que teve dificuldade em contatar a embaixada durante o fim de semana. A expectativa é trazer o corpo do jovem até o Brasil, mas há possibilidade de que ele seja cremado no país.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, afirmou estar “à disposição para prestar assistência consular aos familiares do brasileiro” e disse que, por questões legais, “não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.

Brasileiros mortos na guerra

Essa foi pelo menos a quinta morte de um brasileiro no combate no Leste Europeu, que dura mais dois anos. Embora o Brasil não tenha enviado tropas, cidadãos viajaram para o Leste Europeu para atuar nos embates — boa parte deles pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, grupo paramilitar de estrangeiros organizado pelo governo local. Murilo é o segundo paranaense morto no combate.

Antônio Hashitani, 25 anos

Natural de Curitiba, era estudante de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) quando trancou a matrícula para se engajar em projetos humanitários. Participou de ações na África antes de ir Ucrânia. Ele atuava ao lado de um grupo paramilitar em Bakhmut quando foi morto, em agosto de 2023.

André Luis Hack Bahi, 44 anos

Natural de Porto Alegre (RS), ele morreu em 4 de junho de 2022. Ele estava na Ucrânia desde o início do conflito, pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Segundo o g1, ele teria sido atingido ao se arriscar pelo fogo cruzado para resgatar outros dois combatentes. André deixou sete filhos.

Douglas Rodrigues Búrigo, 40 anos

Natural de São José dos Ausentes (RS), ele morreu em julho de 2022. Estava na Ucrânia havia dois meses e atuava ao lado do Exército ucraniano em Kharkiv quando foi atingido durante um ataque aéreo. Segundo a família, a ideia de Búrigo era prestar serviço humanitário, mas, ao chegar lá, acabou por se engajar na linha de frente.

Thalita do Valle, 39 anos

Natural de Ribeirão Preto (SP), a brasileira também morreu em julho de 2022, em Kharkiv. Segundo o g1, a causa do falecimento foi asfixia decorrente de um incêndio no bunker em que se abrigava. Ele havia chegado ao país apenas três semanas antes para atuar ao lado da Legião Estrangeira Ucraniana.

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