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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir um processo eleitoral democrático na Venezuela nesta terça-feira, durante visita a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde se encontrou com o presidente boliviano, Luis Arce. Após se reunir com Arce, Lula disse esperar que os resultados eleitorais no país vizinho, que celebrará eleições no dia 28 deste mês, "sejam reconhecidos por todos".

No encontro, o petista também reafirmou sua vontade de que a Venezuela volte a fazer parte do Mercosul — o país está suspenso desde 2017. O bloco sul-americano é composto por Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia.

— Esperamos poder receber logo, e muito rapidamente de volta, a Venezuela [ao Mercosul]. A normalização da vida política na Venezuela significa estabilidade em toda a América do Sul. Por isso, fazemos voto de que as eleições transcorram de forma tranquila e que os resultados sejam reconhecidos por todos — disse Lula a jornalistas.

Edmundo González se tornou o candidato da Plataforma Unitária, principal coalizão de oposição venezuelana, após a desqualificação da líder María Corina Machado, vencedora das primárias e inabilitada por 15 anos. Apesar disso, ele aparece à frente em grande parte das pesquisas para derrotar o chavismo.

Lula desembarcou na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra na noite dessa segunda-feira, após participar da Cúpula do Mercosul, no Paraguai, onde Arce formalizou a adesão da Bolívia ao bloco. Nas declarações, o presidente brasileiro também relembrou a tentativa de golpe fracassada no país, há 15 dias, quando tropas militares cercaram o Palácio Quemado, sede presidencial, em La Paz. Em resposta, Arce convocou os bolivianos a reagirem à tentativa de tirá-lo do poder e nomeou um novo comando militar, desmobilizando os militares.

— A Bolívia não pode voltar a cair nessa armadilha. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra as tentativas de retrocesso — declarou Lula.

O país passa por uma situação econômica difícil. Na visita de Lula, também foram discutidos acordos nas áreas de gás natural, energia, infraestrutura, saúde e o combate ao tráfico de pessoas. Segundo o presidente, ele e Arce concordaram em fazer telefonemas a cada dois meses para dialogar sobre os acordos:

— Cada problema que os ministros tiverem na execução do nosso programa, temos que saber imediatamente. Uma simples má vontade burocrática não permite que nosso país chegue em frente.

'Sobrevivência'

Durante seu discurso, Lula disse ainda que a integração é uma necessidade de sobrevivência dos países da América do Sul, e reforçou que a "desunião das forças democráticas" serve à extrema direita.

— A integração é uma necessidade de sobrevivência dos países da América do Sul, do Brasil e da Bolívia. É preciso dar uma chance no século XXI para que Brasil, Bolívia e outros países da América do Sul deixem de ser tratados como países em vias de desenvolvimento — afirmou.

Lula ainda relatou que Arce lhe informou do desejo da Bolívia de ingressar no Brics. O grupo, que tinha inicialmente Brasil, Rússia, China, África do Sul e Rússia como membros, recebeu este ano Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Egito.

Esta é a primeira vez que Lula visita o país vizinho neste terceiro mandato. A agenda do presidente também prevê encontro com movimentos sociais e participação em um fórum empresarial.

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