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Por , Em AFP — Daca

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GERADO EM: 19/07/2024 - 17:55

Protestos mortais em Bangladesh: toque de recolher e intervenção militar.

Após onda de protestos com mais de 100 mortos em Bangladesh, toque de recolher é decretado e militares são mobilizados. Manifestações começaram com estudantes contra sistema de cotas e representam desafio ao governo há 15 anos no poder. Confrontos continuam apesar de proibição de reuniões e interrupção da internet. Unicef condena a repressão e ataques violentos.

Bangladesh decretou toque de recolher e mobilizou militares para conter uma onda de protestos que ganhou força nesta sexta-feira, sem que a polícia conseguisse impedir as passeatas e a invasão de uma prisão, nem ofuscar os distúrbios, que já deixaram 105 mortos.

A mobilização no país teve início neste mês, com manifestações de estudantes contra um sistema de cotas que reserva mais da metade dos cargos públicos a alguns setores da sociedade, incluindo os filhos dos veteranos da guerra de libertação de 1971 contra o Paquistão.

Os protestos, no entanto, resultam de uma mobilização mais ampla, que representa um desafio para o governo autocrático da primeira-ministra Sheikh Hasina, no poder há 15 anos.

— O governo decidiu impor um toque de recolher e enviar o Exército para ajudar as autoridades civis — disse à AFP Nayeemul Islam Khan, secretário de imprensa da primeira-ministra.

O anúncio do governo foi feito depois que a polícia da capital, Daca, proibiu reuniões públicas para tentar frear os protestos.

— Proibimos todas as manifestações, passeatas e reuniões públicas em Daca hoje — disse o chefe de polícia Habibur Rahman à AFP.

Pessoas passam por veículos queimados depois que estudantes os incendiaram em meio ao protesto anti-cotas em andamento em Bangladesh — Foto: Munir UZ ZAMAN / AFP
Pessoas passam por veículos queimados depois que estudantes os incendiaram em meio ao protesto anti-cotas em andamento em Bangladesh — Foto: Munir UZ ZAMAN / AFP

Segundo Rahman, a medida era necessária para garantir a segurança pública. Isso não impediu, porém, outra rodada de confrontos entre a polícia e os manifestantes na extensa megacidade de 20 milhões de habitantes, apesar de ter ocorrido uma interrupção da internet com o objetivo de impedir a organização de manifestações.

— Nosso protesto continuará — disse Sarwar Tushar, que relatou ter participado de uma marcha na capital e sofrido ferimentos leves ao ser violentamente dispersado pela polícia.

Manifestantes invadiram hoje uma prisão em Narsingdi, a 50 km da capital, libertaram os detentos e atearam fogo no local, informou à AFP um policial que não quis ser identificado. De acordo com ele, "centenas" de detentos teriam sido soltos.

Condenação

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou a repressão e chamou os ataques de "particularmente chocantes e inaceitáveis".

Cinquenta e duas pessoas morreram hoje em Daca, segundo uma lista consultada pela AFP no hospital universitário da cidade. O fogo policial causou mais de dois terços das mortes registradas nesta semana, informaram funcionários do hospital.

A força policial da capital havia informado anteriormente que os manifestantes incendiaram, vandalizaram e realizaram “atividades destrutivas” ontem em delegacias e escritórios do governo, incluindo a sede da estatal Bangladesh Television em Daca, que continuava fora do ar depois que centenas de estudantes invadiram e incendiaram um prédio.

“Cerca de 100 policiais ficaram feridos nos confrontos de ontem. Cerca de 50 cabines policiais foram incendiadas”, informou a Polícia Metropolitana de Daca em comunicado.

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