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Por e , Em AFP — Grand Rapids, EUA

Fortalecido por uma convenção que lhe deu o apoio total do Partido Republicano, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump retomou sua campanha para a eleição de novembro neste sábado, uma semana depois de escapar de uma tentativa de assassinato durante um evento na Pensilvânia. Acompanhado por J.D. Vance, o senador de 39 anos que ele escolheu como seu companheiro de chapa, o magnata caçoou do colapso democrata e chegou a dizer que “levou um tiro pela democracia”.

— Eles [os democratas] não têm ideia de quem é o candidato deles, e nós também não — disse Trump com uma risada. — Isso é um problema.

Vance, por sua vez, atacou a vice-presidente Kamala Harris por seu papel na crise migratória, em seu primeiro evento de campanha desde que foi escolhido como o candidato republicano a vice de Trump.

— Ela serviu como czar da fronteira durante o maior desastre de imigração que já tivemos neste país — declarou. — Vamos levar o presidente Trump de volta para lá, fechar a fronteira e trazer algum senso comum de segurança para este país.

O comício deste sábado foi realizado em Grand Rapids, no estado de Michigan, onde Trump venceu em 2016, mas perdeu nas eleições presidenciais de 2020. Em meio a inúmeros questionamentos sobre as falhas do Serviço Secreto no último comício, os republicanos desta vez escolheram um estádio poliesportivo fechado, com capacidade para 12 mil pessoas — um local com segurança mais fácil de assegurar do que um espaço aberto.

Uma multidão de apoiadores está no local, muitos vestindo camisetas com a imagem do ex-presidente após o atentado frustrado, com a orelha sangrando e o punho para o alto.

— O que presenciamos no sábado passado foi um milagre — disse à AFP Edward Young, de 64 anos, que já participou de 81 atos pró-Trump.

No local, Sherri Bonoite, de 75 anos, participava de seu primeiro ato eleitoral como partidária de Trump.

— Nem mesmo uma bala em alta velocidade pode detê-lo. É disso que o país precisa — opinou.

Mas nem todos comemoravam a presença triunfante de Trump em Michigan.

— Só posso imaginar que vão tentar reescrever a história e fingir que se preocupam com os trabalhadores — disse, neste sábado, Debbie Stabenow, senadora democrata pelo estado.

Outro lado da moeda

Biden, por sua vez, permanece em sua residência particular em Delaware, no leste do país, recuperando-se de uma Covid-19, diagnosticada na quarta-feira. O veterano de 81 anos é alvo de vários apelos dentro do Partido Democrata para que desista da disputa em meio a dúvidas sobre suas habilidades cognitivas e saúde física.

De acordo com o Washington Post, Biden perdeu até mesmo o apoio do influente Barack Obama, de quem foi vice-presidente e que também acredita que ele deveria “considerar seriamente a viabilidade de sua candidatura”, de acordo com pessoas próximas ao ex-presidente (2009-2017).

Mais de 30 congressistas democratas já fizeram o mesmo pedido publicamente, e alguns até querem uma convenção aberta do partido para escolher um substituto.

União entre republicanos

A saída de Biden da disputa ainda poderia desestabilizar os republicanos, que seriam forçados a revisar sua estratégia eleitoral, que foi amplamente detalhada durante a convenção de quatro dias desta semana em Milwaukee, Wisconsin.

Até agora, o estado de saúde de Biden tem sido uma questão central na campanha republicana e as peças de propaganda eleitoral que apresentam um presidente que comete gafes, gagueja ou tropeça estão se multiplicando.

Trump, de 78 anos, não deixou de atacar Biden por causa de sua saúde na quinta-feira, durante seu discurso na convenção em que foi oficialmente indicado como candidato republicano. Mas os argumentos podem se voltar contra ele se a atual vice-presidente, Kamala Harris, de 59 anos, se tornar sua rival.

O foco da campanha “não mudará fundamentalmente”, disse Jason Miller, um conselheiro próximo de Trump, em entrevista à AFP.

— Biden, Kamala Harris ou outro democrata da esquerda radical são todos responsáveis pela destruição de nossa economia — disse Miller, destacando também o que os republicanos veem como uma “crise” sobre a migração ilegal através da fronteira mexicana.

Essas foram as questões centrais abordadas por Trump em uma convenção que provou ser um grande sucesso para o líder da direita americana.

O ex-presidente está em alta e saboreando os reveses dos democratas. Ele não apenas sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 13 de julho, mas o processo contra ele por suposto manuseio indevido de documentos confidenciais depois que ele deixou a Casa Branca em janeiro de 2021 foi arquivado.

Sua imagem após o ataque, com o rosto ensanguentado e o punho erguido ao ser removido por agentes do Serviço Secreto, viajou o mundo e reforçou sua personalidade de homem forte. Ele também conquistou o apoio inabalável dos líderes de seu partido, incluindo seus antigos rivais internos, nesta semana.

A eleição presidencial dos EUA será realizada em 5 de novembro. (Com NYT)

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