Mundo
PUBLICIDADE

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 28/07/2024 - 00:01

Candidato "tampão" Edmundo González desafia Maduro e María Corina na Venezuela

Edmundo González, candidato "tampão" à Presidência da Venezuela, enfrenta desafios políticos significativos ao confrontar Maduro e María Corina. Apesar de ser um diplomata conciliador, adaptou-se à vida política, buscando unidade na oposição. Sua candidatura, inicialmente provisória, tornou-se essencial devido a inabilitações de outros partidos. A convivência futura com María Corina é incerta, porém, se ele vencer, promete marcar seu território na política venezuelana.

No dia seguinte a ter aceitado uma candidatura presidencial crucial para a oposição venezuelana que não desejava, o diplomata aposentado Edmundo González Urrutia, de 74 anos, disse a um amigo que não sabia nem por onde começar. O amigo contou ao GLOBO que sua resposta foi simples e ilustrativa: “Faça como os cachorros, vá marcando seu território.” Egu, como é chamado por familiares e colaboradores, tinha pela frente dois desafios: enfrentar o presidente Nicolás Maduro nas urnas, e a líder opositora María Corina Machado dentro da oposição.

Antes mesmo de poder começar a montar sua equipe, María Corina já tinha um comando de campanha armado. A técnica do cachorro não funcionou. González se submeteu à liderança da mulher que domina por completo a oposição venezuelana desde que venceu as primárias opositoras do ano passado — nunca reconhecidas oficialmente —, com mais de 90% dos votos.

Aos poucos, um homem que sempre se dedicou à diplomacia (foi embaixador na Argentina, entre outros postos) e à política internacional, adaptou-se. De fala suave, González não gosta de dar entrevistas, mas vestiu a roupa de candidato, foi pra rua e, gradualmente, mostrou à María Corina suas ideias. Na semana passada, o candidato impôs seu desejo de que o governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, considerado inimigo pela líder opositora, participasse do último comício no interior. María Corina aceitou para não arriscar um conflito em um momento em que a oposição precisa mostrar-se unida.

González é conciliador, como todo diplomata. Muito culto, estudioso e, segundo seus colaboradores, “incapaz de perder as estribeiras”. Ser candidato é algo que jamais passou por sua cabeça, e quando seu partido, a Mesa de Unidade Democrática, o inscreveu, a ideia era que fosse apenas um “candidato tampão”, provavelmente substituído durante o processo eleitoral.

A situação se complicou para todos os demais partidos, houve inabilitações, e González se viu praticamente obrigado a ser a grande esperança da oposição. Seus amigos contam que foi necessária a intervenção de dois cardeais para que que ele e María Corina se aceitassem mutuamente.

Líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, e o diplomata e presidenciável, Edmundo González, em comício ao final da campanha em Caracas — Foto: Federico PARRA / AFP
Líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, e o diplomata e presidenciável, Edmundo González, em comício ao final da campanha em Caracas — Foto: Federico PARRA / AFP

O candidato vive num bairro de classe média de Caracas com a mulher, Mercedes, um dos pilares em sua vida. Uma de suas filhas vive na Espanha, onde trabalha como advogada, ganha muito bem e, como muitos filhos que rumaram para o exílio, comentaram fontes que conhecem a família, envia remessas de dinheiro para ajudar os pais. González fez uma campanha quase sem recursos, pagando, em alguns casos, suas passagens aéreas. Poucos o ajudaram.

Seus colaboradores asseguram que, caso seja necessário, o candidato se descolará de María Corina. Mas a verdade é que, em caso de vitória, a convivência entre ambos é uma incógnita. Para alguns, González será obrigado a suspender a inabilitação da líder opositora e até convocar novas eleições, para que ela possa ser candidata. Quem o conhece bem garante que isso está fora de cogitação. A técnica do cachorro ainda não foi usada, disse uma das fontes, “mas se Edmundo ganhar, vai marcar território”.

Mais recente Próxima Perfil: Herdeiro do chavismo, Nicolás Maduro disputa reeleição sob risco de precipitar o fim do ciclo de poder na Venezuela

Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY

Mais do Globo

Indicador revela caminho para redução na dependência do Estado, mas precisa ser visto com ressalvas

Entrada de quem recebe Bolsa Família no mercado formal é notícia positiva

Gol de Lima, nos minutos finais, deu a vantagem mínima para o tricolor jogar por um empate no jogo de volta

Libertadores: Fluminense encarna espírito 'copeiro' e abre vantagem nas quartas apesar de atuação mediana; análise

Trata-se de prática legítima, e a melhor opção, para profissionais e para a sociedade, é fazer tudo às claras

Todos podem e devem fazer lobby

Pela natureza da inteligência artificial generativa, seus modelos produzem textos e imagens inéditos, mas não criativos

IA aumenta a criatividade individual e reduz a coletiva

Cariocas e uruguaios medem forças pelo primeiro jogo das quartas de final da competição sul-americana

Flamengo x Peñarol: horário e onde assistir ao vivo ao jogo de ida das quartas de final da Libertadores

Evento começa nesta sexta-feira (13) e segue até domingo, retomando agenda na quinta-feira (19)

Água, comida e guarda-chuva: veja lista do que é ou não permitido levar para o Rock in Rio 2024

Saiba também os aparelhos e posições que mais oferecem riscos

4 dicas para não se machucar com os aparelhos na academia

Em toda sociedade as cores adquirem significados próprios

Vermelho, rosa, preto: o que a preferência da cor da roupa quer dizer sobre as características da pessoa

Apostas podem ser feitas até as 19h, em lotéricas credenciadas, na internet ou no app

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quinta-feira

Casos envolvem pessoas da religião Testemunhas de Jeová, que não permite o recebimento de transfusão de sangue de terceiros

STF inicia julgamento para decidir se religião pode influenciar no tipo de tratamento oferecido pelo SUS