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Por O Globo e agências internacionais — Cidade de Gaza

Pelo menos 30 pessoas morreram na Faixa de Gaza neste domingo após um bombardeio israelense atingir duas escolas de um complexo de ensino no enclave. Outras 50 pessoas teriam ficado feridas no local, que, segundo a Defesa Civil palestina, abriga milhares de civis deslocados pela guerra. As Forças Armadas de Israel (FDI) disseram ter atacado “terroristas” que estavam nas escolas Hasan Salameh e al-Nasr.

“Ao menos 30 mártires e 50 feridos, principalmente mulheres e crianças, foram levados para o Hospital Batista após um ataque israelense com foguetes que teve como alvo as escolas”, afirmou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, em comunicado.

— Este ataque é mais uma prova de que não há lugar seguro em Gaza. Estas duas escolas estão abrigando civis deslocados que foram forçados a sair várias vezes, e agora até eles foram forçados a fugir outra vez — disse Nebal Farsakh, da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, à al-Jazeera. — Muitos ainda estão sob os escombros — continuou ela, que descreveu “cenas horríveis” com “mulheres gritando” enquanto procuravam por seus filhos.

Já as FDI disseram que as instituições foram usadas “como esconderijo” para membros do grupo terrorista Hamas. O Exército também afirmou que, antes do ataque, “várias medidas foram tomadas para mitigar o risco de prejudicar civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância e inteligência adicional”. Em nota, as forças de segurança do Estado judeu reafirmaram a ideia de que o Hamas opera a partir de infraestruturas civis – e que utiliza a população palestina como “escudo humano”.

O ataque deste domingo ocorre apenas um dia depois de outro bombardeio israelense matar 17 pessoas no complexo escolar de Hamama, também em Gaza. Basal afirmou que o local também abrigava pessoas deslocadas pela guerra, que já dura quase dez meses. O Exército de Israel confirmou a ofensiva e, assim como neste domingo, disse que ela foi direcionada contra “terroristas que operavam a partir de um centro de comando e controle do Hamas” instalado dentro do local.

“Lá, eles planejaram e executaram diversos atentados terroristas contra soldados israelenses”, escreveu o Exército israelense, que acusa de maneira reiterada o Hamas de utilizar instalações civis como centros de controle ou para esconder seus comandantes – algo que o grupo nega. Ao todo, segundo a rede catari al-Jazeera, Israel já atacou 152 escolas que abrigavam palestinos desde o início do conflito.

A guerra na Faixa de Gaza teve início em 7 de outubro, após terroristas do Hamas invadirem o território israelense e matarem mais de 1,1 mil pessoas, a maioria civis. Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 111 permanecem em cativeiro em Gaza – sendo que ao menos 39 morreram. Como resposta, a ofensiva de Israel no enclave já deixou mais de 39,5 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde do governo de Gaza.

Escalada de ataques

Na madrugada deste domingo, o Hezbollah, grupo xiita libanês apoiado pelo Irã, lançou dezenas de foguetes contra o extremo norte israelense. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o sistema de defesa aérea de Israel, o Domo de Ferro, interceptando alguns deles – que, segundo autoridades do Estado judeu, caíram em “espaços abertos”. Um deles chegou a atingir a vila, mas não deixou feridos. Como resposta, o Exército israelense atacou o local de onde os mísseis foram lançados.

As hostilidades na fronteira Líbano-Israel são intensas desde que a guerra em Gaza teve início, com o grupo libanês dizendo que tem agido em solidariedade ao Hamas. As tensões ainda não escalaram para uma guerra maior, mas os temores de que isso possa estar perto de ocorrer aumentaram recentemente – especialmente após as mortes de Faud Shukr, comandante do Hezbollah, e do líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinados na terça e na quarta.

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o país tem o “dever de buscar vingança”, e o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, citou uma resposta “inevitável”. Israel disse estar preparado para defender ou atacar, e na última sexta-feira os Estados Unidos, principal aliado do Estado judeu, anunciou o reforço de seu dispositivo militar no Oriente Médio para “aumentar o apoio à defesa” israelense.

Diante do temor do agravamento do cenário na região, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, França e Jordânia pediram nos últimos dias que seus cidadãos abandonem imediatamente o Líbano. Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores francês também pediu que os franceses deixassem o território libanês “o mais rápido possível”. O Canadá, que em junho recomendou que civis canadenses deixassem o Líbano, apelou neste sábado que a população também evite viagens a Israel. (Com AFP e New York Times)

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