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Por O Globo e agências internacionais — Jerusalém

RESUMO

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GERADO EM: 05/08/2024 - 14:56

Ministro israelense defende reocupação de Gaza e gera controvérsias.

Ministro israelense justifica deixar 2 milhões de palestinos morrerem de fome em Gaza. Bezalel Smotrich defende reocupação de Gaza e expansão dos assentamentos. Critica ajuda humanitária e busca apoio internacional para suas ações. Posições polêmicas geram controvérsias no cenário político israelense.

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse nesta segunda-feira considerar que é “justificado e moral” impedir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, e deixar que “dois milhões de palestinos morram de fome”. Smotrich, um dos mais radicais integrantes do Gabinete do premier, Benjamin Netanyahu, defende que a Faixa de Gaza seja completamente reocupada pelos israelenses, e quer acelerar a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia.

— Não podemos, na realidade global atual, administrar uma guerra. Ninguém nos deixará causar a morte de 2 milhões de civis de fome, mesmo que isso possa ser justificado e moral, até que nossos reféns sejam devolvidos. — afirmou Smotrich nesta segunda-feira, durante uma conferência organizada pelo jornal Israel Hayom, citado pelo jornal Times of Israel.

Para o ministro, o governo israelense está permitindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza “porque não há escolha”.

— Vivemos hoje em uma certa realidade, precisamos de legitimidade internacional para esta guerra — disse o ministro.

Frequentemente chamado de “agente do caos” por seus críticos, Bezalel Smotrich é uma das figuras mais questionadas do meio político israelense. Antes da guerra, ele chegou a se descrever como um “homofóbico orgulhoso”, e ficou conhecido (e foi eleito) por suas posições favoráveis aos colonos na Cisjordânia, defendendo a expansão dos assentamentos, considerados ilegais pela lei internacional, e não raro dando declarações consideradas de "desumanização" dos palestinos.

Bombardeios israelenses anteriores no campo de refugiados de al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza — Foto: AFP
Bombardeios israelenses anteriores no campo de refugiados de al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza — Foto: AFP

Em junho, ele comemorou a legalização, por parte do governo de Israel, de cinco postos avançados, considerados o primeiro passo para a criação de um assentamento, e atuou para que fossem impostas sanções a integrantes da Autoridade Nacional Palestina. Nesta segunda-feira, também na conferência do Israel Hayom, Smotrich disse que “os assentamentos judaicos são o cinturão de segurança do Estado de Israel”, e não esconde seus planos para anexar completamente a Cisjordânia.

Desde o ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, o ministro defende uma resposta dura contra a organização, que comanadava a Faixa de Gaza, e contra seus aliados, como o Hezbollah, no Líbano. Em maio, chegou a dizer que a milícia libanesa deveria receber um ultimato para que suspenda os disparos contra o lado israelense, e se não aceitasse, Israel deveria lançar uma “incursão terrestre e uma tomada militar” no Sul do país vizinho.

Sobre Gaza, defende a reocupação do território palestino, com a instalação de postos militares “no norte, centro e sul” do enclave, “para evitar uma situação em que o Hamas reconstrua sua infraestrutura militar e [reafirme] o controle civil".

— Não sei se o primeiro-ministro não quer ou não está conseguindo convencê-los — disse Smotrich nesta segunda-feira, se referindo aos ministros do Gabinete de Netanyahu, como o titular da pasta da Defesa, Yoav Gallant, que se opõem à reocupação de Gaza. Ele ainda afirmou que o principal fator para a continuidade da guerra são os saques dos caminhões com ajuda humanitária, supostamente realizados pelo Hamas;

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