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Por AFP — Kiev

RESUMO

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GERADO EM: 18/08/2024 - 12:23

Ofensiva Ucraniana Contra Rússia: Ataques, Mísseis e Retaliações

Ucrânia repeliu ataque de drones a Kiev e destruiu ponte estratégica em Kursk, território russo. Conflito envolve uso de mísseis norte-coreanos. Ofensiva ucraniana avança em território russo, enquanto Rússia reivindica conquistas em Donbass. Ações incluem ataques aéreos a pontes e instalações de petróleo na retaliação contra ataques russos.

As forças armadas ucranianas impediram um ataque de mísseis russos contra Kiev na manhã deste domingo, informou a administração civil da capital, acrescentando que não houve feridos. Relatórios preliminares e autoridades informaram que os drones russos atacaram a capital "quase simultaneamente", mas que foram interceptados fora do perímetro urbano pela defesa aérea do país.

Em comunicado no Telegram, a prefeitura de Kiev informou que o "inimigo usou armas balísticas para lançar" o ataque, acrescentando ser "muito provável" que se trate de "mísseis norte-coreanos do tipo KN-23". De acordo com os países ocidentais, a Coreia do Norte fornece armas à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia e recebe ajuda em seu projeto espacial em troca.

“Não foi registrada nenhuma destruição em Kiev e não houve registro de vítimas”, acrescentou a fonte.

O ataque russo deste domingo ocorre em meio à incursão ucraniana à região de Kursk, iniciada em 6 de agosto. No maior avanço de um Exército estrangeiro na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial, Kiev reivindica o controle de 82 cidades na região e 1.150 km² de território, segundo a Ucrânia. A incursão surpreendeu Moscou e, pela primeira vez, levou os combates para o território russo de forma maciça e prolongada.

Neste domingo, o comandante da Força Aérea ucraniana, Mikola Oleshchuk informou que o país também bombardeou uma ponte ponte em Kursk, como parte de sua ofensiva para impedir operações militares russas naquela área perto da fronteira. A ponte ficava sobre o rio Seim, perto da cidade de Zvanoye, a cerca de 15 km ao norte da fronteira entre Rússia e Ucrânia.

"Uma ponte a menos. A aviação da Força Aérea continua privando o inimigo de capacidades logísticas com ataques aéreos de precisão", afirmou Oleshchuk, ao publicar um vídeo aéreo da explosão. O comandante não especificou quando este último ataque ocorreu, mas blogueiros militares russos compartilharam fotos com a data de sábado do que parecia ser a destruição da mesma via.

Na última sexta-feira, Kiev anunciou que havia destruído outra ponte perto da cidade de Glushkovo, também sobre o rio Seim, que blogueiros militares russos disseram ter deixado as forças de Moscou com poucas opções para circular na área.

Rússia reivindica nova conquista

Ainda restam muitas dúvidas sobre as intenções de curto e médio prazo da Ucrânia. As autoridades descartaram qualquer ideia de anexação da área. O objetivo seria o de pressionar o exército russo e forçar Moscou a negociações mais “justas”, enquanto a Rússia ocupa neste momento cerca de 20% do território da Ucrânia. Lideranças ucranianas também afirmaram que pretendem criar uma "zona tampão" no local e corredores humanitários.

De acordo com uma fonte do serviço de imprensa do Ministério da Emergência russo à Tass, mais de 1,7 mil pessoas foram deslocadas de Kursk nas últimas 24 horas. Até o momento, cerca de 10 mil pessoas, incluindo 3 mil crianças, estão abrigadas em 174 locais espalhados pelo país. Desde o início da ofensiva, pelo menos 12 civis foram mortos e mais de cem ficaram feridos.

Agentes do Ministério auxiliam pessoas deslocadas dos assentamentos fronteiriços da região de Kursk, ao chegarem a uma estação ferroviária em Oryol em 9 de agosto de 2024 — Foto: MINISTÉRIO RUSSO DE SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA/AFP
Agentes do Ministério auxiliam pessoas deslocadas dos assentamentos fronteiriços da região de Kursk, ao chegarem a uma estação ferroviária em Oryol em 9 de agosto de 2024 — Foto: MINISTÉRIO RUSSO DE SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA/AFP

No sábado, o presidente Volodymyr Zelensky informou que o Exército ucraniano está reforçando suas posições na região, afirmando que “a operação está ocorrendo exatamente como planejamos”. O Ministério da Defesa russo disse que suas forças "repeliram" ataques ucranianos a três localidades da região, reiterando neste domingo que seguiam impedindo os avanços ucranianos com o envio de reforços e provocando baixas significativas ao adversário.

Embora a ofensiva ucraniana em Kursk esteja atraindo muita atenção, a maior parte dos combates continua ocorrendo na região de Donbass, onde as tropas russas estão em vantagem contra forças numericamente inferiores. A expectativa era que a incursão em Kursk desse, inclusive, um alívio às tropas ucranianas. Neste domingo, a Rússia reivindicou o controle de uma nova cidade, Sviridonivka, a cerca de 15 km de Pokrovsk, importante centro logístico para o exército ucraniano.

A cidade, com uma população de 61 mil habitantes antes da invasão russa, fica em uma importante rota para os fortes ucranianos de Chasiv Yar e Kostiantinivka, que Moscou deseja controlar. O rápido avanço desde a captura de Otsheretine no início de maio é um sinal de que a pressão russa continua intensa na frente oriental.

Ataque à armazém de Petróleo

Paralelamente à ofensiva, a Ucrânia continua tentando interromper os suprimentos para as forças de Moscou em território russo, em retaliação aos ataques diários em seu próprio território desde fevereiro de 2022. Neste domingo, Kiev lançou um ataque com drones a uma instalação de armazenamento de petróleo na região de Rostov, no sul da Rússia, provocando grande incêndio, informou o governador de Proletarsk, Vasili Golubev. Não houve feridos.

Vídeos publicados nas mídias sociais mostraram fumaça preta e chamas saindo do local. Essa instalação “armazenava petróleo e produtos petrolíferos necessários para os militares russos”, disseram as forças ucranianas, confirmando o ataque. O Ministério da Defesa russo afirmou ter abatido cinco drones ucranianos durante a noite, dois deles sobre a região de Rostov. Proletarsk está localizada a cerca de 250 km da fronteira russo-ucraniana e a cerca de 350 km das zonas de combate no leste da Ucrânia, controladas por Kiev.

Desde o início do conflito, Kiev ataca repetidamente instalações de petróleo e gás na Rússia, a algumas centenas de quilômetros das suas fronteiras, no que chamou de "justa" retaliação pelos ataques à sua infraestrutura energética.

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