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Por — Tel Aviv

RESUMO

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GERADO EM: 01/09/2024 - 10:43

Protestos em Israel por Corpos de Reféns em Gaza

Uma onda de protestos toma Israel após corpos de reféns serem encontrados em Gaza, levando à revolta popular contra o governo. Pedidos de greve geral surgem, exigindo a libertação dos reféns restantes. A descoberta dos corpos, executados, gerou indignação e mobilizou a população, enquanto críticas são direcionadas ao primeiro-ministro Netanyahu por negligência. A situação permanece tensa, com apelos por ações urgentes para acabar com o sofrimento das famílias.

Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas de cidades israelenses neste domingo para reivindicar que o governo aceite imediatamente um acordo para a libertação dos reféns retidos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas lançou um ataque sem precedentes no sul de Israel. As manifestações eclodiram depois de o Exército do país anunciar a recuperação dos corpos de seis reféns recentemente mortos no enclave palestino. À rede americana CNN, o Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa alguns dos parentes, afirmou que os atos reuniram mais de 700 mil pessoas, 550 mil só em Tel Aviv, mas a polícia israelense evitou fornecer estimativas. Em reação ao anúncio da morte dos reféns, a principal central sindical de Israel convocou uma greve geral para esta segunda-feira.

Em Tel Aviv, famílias dos reféns e uma multidão de apoiadores carregaram seis caixões falsos para simbolizar os mortos durante uma marcha na cidade, em que também houve bloqueio da principal rodovia e invasão da parte da frente da sete do quartel-general do Exército. Houve choques dos manifestantes com a polícia, com 29 detenções.

Em Jerusalém, a polícia israelense lançou uma substância malcheirosa conhecida como água de gambá para conter a multidão e removeu à força pessoas que protestavam na entrada principal da cidade. Segundo a imprensa israelense, manifestantes se reuniram em cidades menores também, incluindo Haifa e Beer Sheva. Em Rehovot, no centro de Israel, as pessoas bloquearam o trânsito e gritaram: “Os queremos de volta vivos, e não em caixões!”

Pousos e decolagens

A Histadrut, a maior federação de trabalhadores de Israel, convocou uma greve geral com início previsto para as 6h locais (0h de hoje em Brasília) após apelos das famílias dos reféns e do líder da oposição, Yair Lapid, para interromper a economia como medida de pressão. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, ordenou ao departamento de salários do Tesouro que não pague ninguém que participe da greve nesta segunda.

Como parte da greve, “todos os pousos e decolagens” do principal aeroporto de Israel, Ben Gurion, serão paralisados a partir das 8h (2h em Brasília), disse o presidente da Histadrut, Arnon bar David, em um comunicado, acrescentando: “Temos de impedir o abandono dos reféns (...). Cheguei à conclusão de que só nossa intervenção pode mexer com aqueles que precisam ser sacudidos.”

O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, também declarou uma paralisação parcial na cidade, com a suspensão do atendimento ao público na manhã de segunda-feira como forma de apoio às famílias.

Há muito tempo durante os últimos quase 11 meses, as famílias de muitos reféns acusam o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de sabotar os esforços para um acordo por interesses políticos. Elas vêm cada vez mais adotando medidas agressivas para pressioná-lo à ação, incluindo protestar em frente de sua casa em Jerusalém e invadir uma sessão parlamentar.

Mortos a tiros

A frustração das famílias pareceu atingir seu ponto máximo depois do anúncio da descoberta dos seis corpos, com a informação do Ministério da Saúde israelense de que os resultados das autópsias indicaram que os reféns morreram por disparos a curta distância entre quinta e sexta-feira.

— Eles foram brutalmente assassinados por terroristas do Hamas pouco antes de nós os alcançarmos — afirmou em uma coletiva o principal porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari.

Imagem de um vídeo divulgado pelo Hamas em abril mostra o refém Hersh Goldberg-Polin — Foto: AFP
Imagem de um vídeo divulgado pelo Hamas em abril mostra o refém Hersh Goldberg-Polin — Foto: AFP

Em nota, o Exército afirmou que os restos mortais foram encontrados no sábado “em um túnel subterrâneo na zona de Rafah”, extremo sul do enclave palestino. Os seis foram identificados como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Alexander Lobanov, Almog Sarusi, sargento Ori Danino e o cidadão israelo-americano Hersh Goldberg-Polin.

“Quem quer que aceite o assassinato de civis pelo primeiro-ministro não deveria ficar em casa”, disse no X Gil Dickmann, primo de Gat. “Em memória de Carmel, saiam às ruas, parem o abandono, paralisem o Estado, alcancem um acordo.”

Goldberg-Polin, Yerushalmi e Gat constavam da “categoria humanitária” do esboço de um acordo alcançado entre Israel e o Hamas no início de julho, disseram autoridades israelenses à CNN, com previsão de que seriam soltos. Sob condição de anonimato, um membro do Hamas confirmou que alguns dos reféns estavam na lista dos que seriam libertados durante a primeira fase do acordo, se um cessar-fogo fosse finalizado.

Nas ruas, os manifestantes expressaram uma mistura de lamento e raiva.

— Teria sido possível salvá-los em um acordo — disse a estudante Shiraz Angert, usando uma camiseta com a foto de Goldberg-Polin no protesto em Jerusalém. — Há pessoas que foram sacrificadas porque não fizemos o suficiente.

Em Tel Aviv, Dan Levinson, um professor do ensino secundário, disse esperar que a manifestação fosse um divisor de águas.

— Sinto que hoje é a última chance de mudança — afirmou, acrescentando: — Se não for agora, nunca será.

(Com New York Times)

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