'Operação reabilitação': Príncipe Harry quer voltar ao Reino Unido e busca ajuda de amigos para sair do 'exílio americano'

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É o que informa o tabloide britânico The Daily Mail, que, com base em alguns testemunhos, afirmou que o duque de Sussex está cada vez mais descontente com seu ambiente em Hollywood, incluindo a poderosa máquina publicitária, e recorre a antigos aliados para recuperar sua antiga reputação.

Harry e Meghan Markle não têm intenção de retornar a Londres de forma permanente, mas as informações apontam a possibilidade de que o casal esteja tentando fazer as pazes não tanto com membros da família real britânica, mas com um círculo de conhecidos que já foram próximos ao príncipe.

Uma fonte disse ao jornal britânico: "Harry está se distanciando de todas essas pessoas de Hollywood e busca conselhos de seus velhos amigos e aliados. Claramente, ele está pensando em mudar sua forma de agir porque o que fez até agora não funcionou."

Além disso, aqueles que o conhecem descrevem o jovem de Windsor como uma pessoa de estilo "à moda antiga" e destacam sua lealdade e discrição. Também há quem afirme que "se Harry retornasse ao Reino Unido sem problemas, sem publicidade e participando de eventos secundários, poderia recuperar-se perante os britânicos".

Alguns dos antigos amigos contatados pelo duque também teriam dado, segundo o Daily Mail, um nome a esse suposto plano: "Operação Trazer Harry de Volta do Frio".

Seu antigo secretário pessoal, porém, tem poucas esperanças de que a estratégia tenha sucesso. Se há alguém que pode interceder para facilitar as coisas para Harry é Edward, o duque de Edimburgo, quarto e último filho da Rainha Isabel II. No entanto, o obstáculo mais difícil de superar é William, príncipe de Gales. A relação entre os dois irmãos continua "fria", segundo o tabloide.

Na última quinta-feira, o príncipe de Gales e o duque de Sussex compareceram ao funeral de Lord Robert Fellowes, cunhado de sua mãe, Lady Di. Segundo a BBC, Harry havia viajado secretamente para se juntar ao irmão na igreja de St. Mary em Snettisham, perto da propriedade real de Sandringham, em Norfolk.

Uma pessoa que participou do evento confirmou à emissora britânica que ambos os irmãos estavam presentes. Por sua vez, um responsável pela igreja, que preferiu manter o anonimato, disse: "A cerimônia foi uma bela ocasião familiar para celebrar a vida de um homem tão especial."

"Muitos amigos também estavam presentes, assim como vários membros da comunidade da igreja de St. Mary", acrescentou a fonte. Segundo o tabloide The Sun, os irmãos "mantiveram distância" durante o serviço e não foram vistos conversando entre si.

O vínculo entre o príncipe herdeiro e seu irmão mais novo tem sido tenso nos últimos anos, e eles não eram vistos juntos no Reino Unido desde maio de 2023, na coroação do rei Charles III. O duque de Sussex havia visitado anteriormente o país para se reunir com seu pai, o rei Charles, em fevereiro, após seu diagnóstico de câncer, e novamente em maio para participar dos Jogos Invictus, um evento esportivo internacional para membros das Forças Armadas.

De acordo com um livro do biógrafo Christopher Andersen, a tensão entre os irmãos começou em 2017, quando Harry ficou noivo de Meghan Markle. William questionou a rapidez do relacionamento, o que provocou uma forte discussão entre os irmãos e marcou o início de uma série de desacordos públicos e privados.

A isso se seguiu a renúncia de Harry e Meghan como membros principais da família real em 2020, conhecida como "Megxit".

A decisão de se mudar para os Estados Unidos para se afastar das pressões da vida real intensificou ainda mais as tensões. Inclusive, em uma entrevista, Harry confirmou que sua relação com William era complicada, afirmando que eles estavam "em caminhos diferentes", embora ainda sentisse carinho por seu irmão.

Além disso, a polêmica entrevista dos Sussex com Oprah Winfrey em 2021, na qual acusaram a família real de racismo e outros maus-tratos, exacerbou as diferenças entre os irmãos. William se sentiu particularmente ofendido pelas declarações de Meghan sobre sua esposa, Kate Middleton, o que agravou ainda mais a distância entre eles.

Os conflitos chegaram a um novo ponto crítico quando Harry mencionou em seu livro "Spare" que William e Kate o incentivaram a usar uma fantasia de oficial nazista em uma festa temática em 2005, o que desatou um escândalo midiático. Harry explicou que se sentiu traído pela participação de seu irmão e cunhada na decisão.