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Por AFP

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GERADO EM: 10/09/2024 - 18:21

Comboio da ONU atacado em Gaza durante campanha de vacinação

Comboio da ONU é detido por militares israelenses em Gaza durante campanha de vacinação contra poliomielite. Forças apontam armas, atiram e atacam veículos da organização, colocando equipe em perigo. Relatório denuncia obstrução a trabalhos humanitários em Gaza, com morte de 280 trabalhadores em 2023. Abalada por conflitos, Gaza enfrenta primeiro caso de pólio em 25 anos, desencadeando esforço de vacinação para mais de 640 mil crianças.

Um comboio da ONU que transportava trabalhadores para a campanha de vacinação contra a poliomielite em Gaza foi detido sob a mira de uma arma em um posto de controle militar israelense, informou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta terça-feira, acrescentando que tiros foram disparados e que seus veículos foram atacados por uma escavadeira.

O porta-voz chamou o incidente, que ocorreu no dia anterior, de "o mais recente exemplo dos perigos inaceitáveis e dos impedimentos que o pessoal humanitário em Gaza está enfrentando" pelas forças israelenses. Segundo Dujarric, o comboio transportava 12 membros da equipe a caminho da campanha contra a pólio na parte norte da Faixa de Gaza.

— [Os] movimentos do grupo foram totalmente coordenados com as forças israelenses, e todos os detalhes foram fornecidos com antecedência — afirmou o porta-voz.

Mas quando a equipe chegou a um posto de controle, as forças israelenses disseram que queriam deter dois membros da equipe da ONU para interrogatório, continuou. A situação então "se agravou muito rapidamente, com soldados apontando suas armas diretamente para o nosso pessoal no comboio, os veículos da ONU foram cercados pelas forças israelenses e tiros foram disparados”.

— O comboio foi então abordado por tanques das Forças Armadas israelenses e por uma escavadeira, que passou a atacar os veículos da ONU pela frente e por trás, compactando o comboio com a equipe da ONU — descreveu o porta-voz, prosseguindo: — Uma escavadeira deixou cair detritos no primeiro veículo, enquanto os soldados israelenses ameaçavam os funcionários, impossibilitando-os de sair dos veículos com segurança.

Dujarric disse que o comboio permaneceu sob a mira de uma arma enquanto os oficiais seniores da ONU tentavam apaziguar a situação com as autoridades israelenses. Dois funcionários da organização foram interrogados pelas forças israelenses e, depois de sete horas e meia no posto de controle, todos foram liberados, disse o porta-voz.

— [O] incidente e a conduta das forças israelenses no local colocaram a vida de nossa equipe em perigo — afirmou o porta-voz, acrescentando que é "fundamental que as forças israelenses tomem medidas para proteger a equipe humanitária e seus bens para facilitar seu trabalho."

Nesta terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que um de seus comboios teve que abandonar o esforço de levar especialistas e suprimentos para a campanha da pólio depois de também ter sido parado pelas forças israelenses.

As organizações humanitárias há muito tempo reclamam que Israel está impedindo o acesso a Gaza. Relatório da ONU divulgado em agosto afirma que a violência no enclave causou a morte de 280 trabalhadores humanitários em 2023, um recorde impulsionado pela guerra em Gaza e que ameaça ser superado em 2024.

As doenças se espalharam com uma Gaza em ruínas e a maioria de seus 2,3 milhões de habitantes forçados a fugir de suas casas devido à resposta militar israelenses ao ataque terrorista do Hamas em outubro, muitas vezes refugiando-se em lugares apertados e com condições e insalubres.

Após o primeiro caso confirmado de poliomielite em 25 anos, um grande esforço de vacinação começou na semana passada, visando mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos, possíveis graças às "pausas humanitárias" pontuais nos combates.

O ataque do Hamas em outubro resultou na morte de 1.205 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses, que inclui reféns mortos em cativeiro. Os militantes também capturaram 251 reféns durante o ataque, 97 dos quais ainda estão presos em Gaza, incluindo 33 que os militares israelenses dizem estar mortos.

A retaliação israelense matou por sua vez pelo menos 41.020 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do território. O escritório de direitos humanos da ONU afirma que a maioria dos mortos são mulheres e crianças.

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