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Por O Globo e agências internacionais — Washington, Estados Unidos

RESUMO

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GERADO EM: 13/09/2024 - 17:40

Alerta da Casa Branca sobre ameaças de Putin à Otan e tensões com mísseis na Ucrânia.

A Casa Branca alerta sobre as ameaças perigosas de Putin à Otan em relação ao uso de mísseis pela Ucrânia contra a Rússia. O debate sobre autorizar esses ataques esquenta, com Biden considerando mísseis europeus, mas não americanos. Putin adverte sobre mudanças no conflito. O temor de Biden é cruzar as linhas vermelhas do presidente russo. A tensão envolvendo armas e possíveis repercussões em outras regiões, como o Irã, também é destacada.

A Casa Branca acusou nesta sexta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, de fazer ameaças “incrivelmente perigosas” ao dizer que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) entrariam em guerra com Moscou se permitissem que a Ucrânia usasse mísseis de longo alcance contra alvos em território russo.

— Esse tipo de retórica é incrivelmente perigoso — disse a porta-voz Karine Jean-Pierre a repórteres.

A declaração acontece logo antes de uma reunião entre o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em Washington sobre se Kiev deveria ter permissão para disparar mísseis britânicos Storm Shadow e americanos ATACMS, com alcances de centenas de quilômetros, que lhe permitiriam atingir centros logísticos e aeródromos de onde decolam os bombardeiros russos.

O aumento de bombas planadoras guiadas (ou "glide bombs") russas atingindo cidades ucranianas recentemente injetou nova urgência no velho debate sobre os mísseis, que já ganhou e perdeu tração diversas vezes ao longo da guerra. O tema esquentou nas últimas semanas, quando representantes ucranianos tentaram demonstrar aos governos ocidentais que as armas são um trunfo estratégico importante e que a recente invasão de tropas ucranianas à região russa de Kursk demonstrou que a capacidade russa de uma represália é limitada.

Embora a Ucrânia já tenha os mísseis Storm Shadow e ATACMS em seu arsenal, hoje o seu uso é limitado à áreas fronteiriças. Fontes ouvidas pelo New York Times apontam que Biden estaria disposto a concordar com o uso de mísseis europeus, mas não americanos, em ataques contra a Rússia.

Na quinta-feira, Putin advertiu que a autorização “mudaria significativamente a natureza do conflito”, e que Moscou tomaria as “decisões apropriadas com base nas ameaças” enfrentadas. A reação de Putin surgiu após uma visita do secretário de Estados dos EUA, Antony Blinken, e do chanceler britânico, David Lammy, a Kiev na quarta. Na capital ucraniana, Blinken prometeu que trataria “com urgência” as solicitações da Ucrânia, adiantando que seriam tema de discussão entre os líderes dos dois países nesta sexta.

Para os EUA, avaliar o quanto acreditar nas ameaças de Putin é uma tarefa difícil. Ao longo de mais de dois anos de guerra, o padrão tem sido claro: em todas as fases, Biden teme que fornecer novas armas à Ucrânia, ou permitir que os militares ucranianos ataquem o território russo, cruzaria uma das linhas vermelhas de Putin. Foi assim quando Biden cogitou se deveria enviar artilharia HIMARS à Ucrânia. Depois, o mesmo quando o foco do debate eram os tanques M1 Abrams e os caças F-16. E assim por diante.

"Amenizar as restrições [ao uso de] armas ocidentais não fará com que Moscou intensifique [a guerra]", escreveram 17 ex-embaixadores e generais em uma carta ao governo americano nesta semana. "Sabemos disso porque a Ucrânia já está atacando territórios que a Rússia considera seus — incluindo Crimeia e Kursk — com essas armas e a resposta de Moscou permanece inalterada".

Durante reunião com Blinken em Varsóvia, na quinta-feira, após a viagem do secretário a Kiev, o chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, também defendeu que os EUA derrubem as restrições, e fez um pedido para que Washington intensifique o envio de sistemas de defesa aérea para os ucranianos. Por outro lado, dois membros-chave da Otan — Alemanha e Itália — já sinalizaram que não darão sinal verde para que Kiev use suas armas para ataques longe da fronteira com a Rússia.

Nesta sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou o Ocidente de estar “com medo” de até mesmo levantar a possibilidade de derrubar mísseis e drones russos que estão atacando a Ucrânia, apesar de estar ajudando Israel a fazer o mesmo. Em uma conferência em Kiev, o líder ucraniano questionou o motivo de seus aliados estarem unidos para defender o Estado judeu e não fazerem o mesmo “nos céus da Ucrânia”.

A principal hesitação de Biden, segundo as mesmas fontes ouvidas pelo New York Times, seria expor as tropas americanas no Oriente Médio, sobretudo no momento final de sua Presidência. Estrategistas ligados a Washington acreditam que mais do que uma guerra direta com a Rússia, como a sugerida por Putin, Moscou poderia reagir ampliando o envio de equipamentos militares ao Irã, que por sua vez poderia alimentar suas milícias espalhadas pela região e atacar bases americanas.

Na terça-feira, os EUA anunciaram novas sanções contra o Irã e acusaram a República Islâmica de fornecer mísseis à Rússia para serem usados “na próxima semana” na Ucrânia. As sanções também foram adotadas pelos governos francês, alemão e britânico. No entanto, há também uma preocupação entre os funcionários ocidentais de não pressionar demais o novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, que é visto como um moderado dentro do establishment governante do país. Apesar das relações tensas entre Washington e Teerã, a diplomacia do governo democrata vem buscando evitar que a guerra na Faixa de Gaza se transforme num conflito regional.

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