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Padre que adotou 70 crianças é condenado a 21 anos de prisão por abuso infantil na Rússia

Nikolai Stremsky criou lar adotivo com a mulher nos anos 1990
Nikolai Stremsky fornou lar adotivo nos anos 1990 e fo icondenado a 21 anos de prisão Foto: Reprodução
Nikolai Stremsky fornou lar adotivo nos anos 1990 e fo icondenado a 21 anos de prisão Foto: Reprodução

MOSCOU —  O padre de uma igreja ortodoxa na Rússia foi condenado nesta sexta-feira a 21 anos de prisão por abusar de crianças.

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Nikolai Stremsky e a mulher, Galina, adotaram 70 menores desde os anos 1990, quando formaram um lar no distrito rural de Saraktash, na região de Orenburg. Ele ficou conhecido por ter "a maior família da Rússia" e foi até condecorado com uma Ordem da Glória nacional.

Em 2019, uma jovem de 16 anos foi a primeira denunciar que foi vítima de violência sexual cometida pelo pai adotivo em 2018. Segundo ela, Stremsky a manteve trancada por dez dias em um cômodo com outras irmãs e as estuprou.

Stremsky foi preso em setembro do mesmo ano e estava na cadeia desde então. Ele foi investigado por estuprar, torturar e cometer outros atos violentos contra pelo menos 11 menores. O religioso sempre defendeu que as acusações eram "caluniosas" e repetiu o mesmo argumento nesta sexta.

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Também em 2019, uma filha adotiva do religioso e o marido dela tiveram a prisão preventiva decretada. Conforme as autoridades, em agosto de 2018, os cônjuges trancaram três filhos na garagem de casa por um longo período. Em 2020, ela foi condenada a quatro anos de prisão e o companheiro recebeu penas de três anos. Ambos admitiram o crime.

Após as denúncias, o padre já havia sido proibido de exercer o sacerdócio. Com a sentença, não pode trabalhar com crianças por 20 anos e perdeu a honraria nacional que havia recebido.