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Prefeito eleito de Nova York diz que receberá primeiros salários em bitcoin

Eric Adams afirmou que pretende transformar cidade em 'centro da indústria de criptomoedas'
Prefeito eleito de Nova York, Eric Adams, durante discurso de vitória na noite de terça-feira Foto: ANGELA WEISS / AFP
Prefeito eleito de Nova York, Eric Adams, durante discurso de vitória na noite de terça-feira Foto: ANGELA WEISS / AFP

NOVA YORK — O democrata Eric Adams, prefeito eleito de Nova York , nos Estados Unidos, afirmou que vai receber  em bitcoins os três primeiros salários no cargo. O político afirmou que a medida visa fortalecer a intenção de transformar a cidade no "centro da indústria de criptomoedas".

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A informação foi publicada no Twitter , em resposta ao prefeito de Miami, Francis Suarez, que também declarou que pretende ser pago com a criptomoeda. Conforme o porta-voz da campanha de Adams, Evan Thies, o novo prefeito vai converter o pagamento, já que a cidade ainda não tem um mecanismo para emitir salários em qualquer outra moeda que não seja o dólar americano.

Bitcoin é uma moeda virtual, baseada na web e não é administrada por nenhum banco central. Milhares de computadores no mundo são responsáveis por validar transações e adicionar novos bitcoins ao sistema.

Conforme o site POLITICO, a moeda criptografada ainda enfrenta grandes obstáculos como ferramenta para pagamentos do dia-a-dia por conta da tributação e das leis trabalhistas federais. Não há definição também de quem controlaria a carteira digital que a cidade precisaria criar para pagar o prefeito.

Em outubro, o bitcoin atingiu um novo recorde de alta , com os investidores aplaudindo o lançamento do primeiro fundo da criptomoeda negociado em Bolsa. A moeda digital subiu 3,9%, chegando a US$ 66.398,25,  de acordo com a Coin Metrics.

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Menor infrator e policial

Nascido em uma área pobre do Brooklyn, Adams se envolveu com uma gangue na adolescência, e chegou a ser detido aos 15 anos, acusado de roubar uma TV e dinheiro com o irmão. Na delegacia, foi agredido pelos policiais e desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático após o incidente — contudo, acabou decidindo se juntar à polícia de Nova York anos depois, em parte incentivado por um pastor local. Ao longo de 22 anos na corporação, fez duras críticas a medidas vistas como discriminatórias, mesmo indo contra a posição de seus superiores.

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Em 2006, deixou a polícia e entrou para a política, sendo eleito para o Senado estadual de Nova York. Sete anos depois, em 2013, foi eleito administrador do Brooklyn, uma das cinco regiões de Nova York, justamente aquela onde nasceu.