NOVA YORK — O democrata Eric Adams, prefeito eleito de Nova York , nos Estados Unidos, afirmou que vai receber em bitcoins os três primeiros salários no cargo. O político afirmou que a medida visa fortalecer a intenção de transformar a cidade no "centro da indústria de criptomoedas".
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A informação foi publicada no Twitter , em resposta ao prefeito de Miami, Francis Suarez, que também declarou que pretende ser pago com a criptomoeda. Conforme o porta-voz da campanha de Adams, Evan Thies, o novo prefeito vai converter o pagamento, já que a cidade ainda não tem um mecanismo para emitir salários em qualquer outra moeda que não seja o dólar americano.
Bitcoin é uma moeda virtual, baseada na web e não é administrada por nenhum banco central. Milhares de computadores no mundo são responsáveis por validar transações e adicionar novos bitcoins ao sistema.
Conforme o site POLITICO, a moeda criptografada ainda enfrenta grandes obstáculos como ferramenta para pagamentos do dia-a-dia por conta da tributação e das leis trabalhistas federais. Não há definição também de quem controlaria a carteira digital que a cidade precisaria criar para pagar o prefeito.
Em outubro, o bitcoin atingiu um novo recorde de alta , com os investidores aplaudindo o lançamento do primeiro fundo da criptomoeda negociado em Bolsa. A moeda digital subiu 3,9%, chegando a US$ 66.398,25, de acordo com a Coin Metrics.
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Menor infrator e policial
Nascido em uma área pobre do Brooklyn, Adams se envolveu com uma gangue na adolescência, e chegou a ser detido aos 15 anos, acusado de roubar uma TV e dinheiro com o irmão. Na delegacia, foi agredido pelos policiais e desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático após o incidente — contudo, acabou decidindo se juntar à polícia de Nova York anos depois, em parte incentivado por um pastor local. Ao longo de 22 anos na corporação, fez duras críticas a medidas vistas como discriminatórias, mesmo indo contra a posição de seus superiores.
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Em 2006, deixou a polícia e entrou para a política, sendo eleito para o Senado estadual de Nova York. Sete anos depois, em 2013, foi eleito administrador do Brooklyn, uma das cinco regiões de Nova York, justamente aquela onde nasceu.