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Sarah Palin expõe trajetória em biografia

WASHINGTON - A candidata republicana derrotada a vice-presidente dos EUA e ex-governadora do Alasca Sarah Palin se prepara para lançar na terça-feira sua aguardada biografia - "Sarah Palin: going rogue" (que poderia ser livremente traduzido como "Sarah Palin: se tornando vilã"), pela qual recebeu US$ 11 milhões da editora HarperCollins. Como revela Gilberto Scofield em matéria publicada na edição deste sábado do jornal O Globo, poucos livros são hoje tão aguardados no país, tanto que "Going Rogue" é desde outubro o livro mais vendido do site Amazon.com. Apesar do conteúdo político que interessa a analistas, políticos e jornalistas, há uma grande expectativa sobre a parte pessoal, que vai agradar a todo americano obcecado com a vida de celebridades e fofocas a respeito de pessoas famosas.

- Tanto já foi escrito sobre mim e falado na mídia americana e no anônimo mundo da internet e dos blogs que esta é uma maravilhosa chance para eu contar a minha história, que muita gente já me pediu que fizesse, sem censuras - diz a ex-companheira de chapa do senador John McCain, que domingo aparece pela primeira vez no programa de entrevistas de Oprah Winfrey, uma das maiores apoiadoras da candidatura de Barack Obama à Presidência e que, durante a campanha, não convidou Palin para qualquer entrevista.

O livro trará um testemunho sobre a importância dos filhos de Palin e da religião em sua vida, diz ela. Mas o que todos querem mesmo saber é detalhes sobre o grande escândalo da campanha de Palin, quando se descobriu que sua filha de 17 anos, Bristol, estava grávida do então namorado, Levi Johnston, de 19.

Desde que o noivado do casal terminou, logo após o nascimento do bebê (Tripp Palin) em dezembro do ano passado, Levi Johnston vem se dedicando ao que ele chama de "desmascaramento do fenômeno Sarah Palin". Em entrevistas a revistas (como "Vanity Fair") e programas na TV (como o "Tyra Banks Show"), Levi descreve Palin como uma megera controladora que só tem um único interesse na vida: dinheiro.

- Sarah me forçava a ir em convenções do Partido Republicano e eventos de campanha apenas para passar a imagem de família unida, o que não era verdade. Ela e o marido, Todd, viviam falando de separação, e até a renúncia dela ao governo do Alasca foi feita porque ela viu mais oportunidade de fazer dinheiro fora do governo, como a publicação do livro, por exemplo - disse Levi, que pretende ofuscar o brilho do lançamento de "Going Rogue" com em ensaio de fotos completamente nu para a revista "Playgirl" e sua própria entrevista sobre Palin à revista "Life & Style".