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Trump manda melhoras a Kim Jong-un, mas diz que relatório sobre ditador da Coreia do Norte não foi confirmado

Presidente americano falou sobre líder asiático em entrevista coletiva que tem feito diariamente; Casa Branca informa que está acompanhando caso 'de perto'
Presidente americano, Donald Trump, aperta a mão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un em encontrou em Hanoi, em fevereiro de 2019 Foto: SAUL LOEB / AFP
Presidente americano, Donald Trump, aperta a mão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un em encontrou em Hanoi, em fevereiro de 2019 Foto: SAUL LOEB / AFP

SEUL e WASHINGTON — O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , mandou nesta terça-feira melhoras ao ditador norte-coreano, Kim Jong-un , cujo estado de saúde é desconhecido. Apesar de um site afirmar que o líder da Coreia do Norte está em estado grave , conforme noticiou a CNN, o chefe da Casa Branca disse em entrevista coletiva que os relatórios citados não foram confirmados e não deu muita credibilidade a eles.

— Eu só espero que ele esteja bem. Eu tive um relacionamento muito bom com Kim Jong-un e gostaria de vê-lo bem. Vamos ver como ele se sai. Não sabemos se os relatórios são verdadeiros — disse Trump.

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Além do presidente americano, autoridades da Coreia do Sul e China e fontes familiarizadas com o serviço de inteligência dos EUA levantaram dúvidas sobre os relatos de que Kim está gravemente doente após ter feito um procedimento cardiovascular. Já a Casa Branca afirmou que estava monitorando de perto o caso.

O Daily NK, um site administrado principalmente por desertores norte-coreanos, citou fontes não identificadas dentro do Estado isolado dizendo que Kim está se recuperando em uma casa de campo no condado de Hyangsan, no Monte Kumgang, depois de passar por uma cirurgia em 12 de abril.

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Duas fontes do governo da Coreia do Sul disseram extraoficialmente que não é verdade que Kim esteja muito doente e que sinais incomuns não foram detectados. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, autoridades da Coreia do Sul "não notaram nenhuma tendência" ligada a uma "anormalidade de saúde" de Kim.

O conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Robert O'Brien, disse à Fox News que a Casa Branca estava monitorando os relatórios "de perto". A Bloomberg News citou uma autoridade americana que preferiu não se identificar, dizendo que a Casa Branca foi informada de que o quadro de Kim havia piorado após a cirurgia. No entanto, fontes oficiais americanas, familiarizadas com a inteligência dos EUA, questionaram a informação de que Kim estava em estado grave.

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— Qualquer denúncia direta crível relacionada a Kim seria uma informação extremamente protegida e dificilmente vazaria para a mídia — disse um especialista da Coréia do Norte que trabalha para o governo dos EUA.

O norte-coreano faltou à cerimônia pelo aniversário do fundador do país e seu avô, Kim Il-sung, em 15 de abril, a data mais importante do calendário político do país. Kim teria ido para o hospital depois de presidir uma reunião do politburo do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte no dia 11 de abril, onde foi visto publicamente pela última vez, segundo a notícia.

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