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Turquia pede apoio de países ocidentais na luta contra o PKK curdo

Erdogan acusa União Europeia de deixar os curdos agir livremente em seu território
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante a Assembleia Parlamentar da Otan, em Istambul Foto: MURAD SEZER / REUTERS
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante a Assembleia Parlamentar da Otan, em Istambul Foto: MURAD SEZER / REUTERS

ISTAMBUL - O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta segunda-feira aos países ocidentais que apoiem a luta da Turquia contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), acusando os europeus de deixar os curdos agir livremente em seu território.

Em uma reunião da Otan, realizada em Istambul, Erdogan disse esperar o apoio da Aliança Atlântica contra "todas as organizações terroristas", começando pelo grupo Estado Islâmico e o PKK.

— Os que têm uma atitude indecisa serão atingidos, mais cedo ou mais tarde por estes grupos — alertou Erdogan antes de acusar a União Europeia de ter uma atitude permissiva para com os separatistas curdos. — Não conseguimos aceitar o fato de que os membros do PKK possam se deslocar livremente nos países da União Europeia — declarou Erdogan.

Estas afirmações do chefe de Estado acontecem em um contexto de alta tensão entre UE e Turquia desde o fracasso do golpe de Estado de 15 de julho passado. A União Europeia criticou a amplitude do expurgo após o golpe fracassado, que incluiu a prisão de dirigentes e parlamentares do principal partido pró-curdo.

Recentemente Erdogan disse que poderá convocar um referendo para decidir se deve continuar ou não com o processo de adesão da Turquia à União Europeia. No domingo, a Turquia disse que poderá se unir à Organização de Cooperação de Xangai (OCS), uma estrutura patrocinada conjuntamente pela China e a Rússia.