Mundo Guerra na Ucrânia

Zelensky confirma reunião com Blinken em Kiev, após dois meses conflito

Encontro de mais alto nível entre o governo ucraniano e a administração de Joe Biden desde o começo da guerra, do qual também participará o secretário da Defesa americano, Lloyd Austin, será neste domingo
O president da Ucrânia,Volodymyr Zelensky: US$ 2,3 bilhões em ajuda dos EUA desde o início da guerra Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP
O president da Ucrânia,Volodymyr Zelensky: US$ 2,3 bilhões em ajuda dos EUA desde o início da guerra Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP

KIEV — O secretário de Estado americano, Antony Blinken e o ministro da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, viajarão à Kiev neste domingo, quando se completam dois meses do início da invasão russa da Ucrânia . O anúncio foi feito neste sábado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

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— Amanhã, virão nos visitar autoridades americanas: me reunirei com o ministro da Defesa, Lloyd Austin, e com Antony Blinken — disse Zelensky, em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô de Kiev.

Será a primeira visita oficial de membros do governo americano desde 24 de fevereiro.

Zelesnky também disse que espera que seu homólogo americano, Joe Biden, vá a Kiev para "apoiar o povo ucraniano", quando a questão da segurança o permitir.

O mandatário ucraniano precisou que as conversas de domingo se centrariam nas entregas de armas dos Estados Unidos à Ucrânia.

— Na semana passada, os sinais, as mensagens, os passos, os prazos, os números (me refiro às armas americanas), tudo melhorou — disse aos jornalistas, assegurando estar "agradecido" com a administração americana, ainda que desejasse ter "armas ainda mais pesadas e potentes" para enfrentar o exército russo.

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O líder ucraniano também alertou que Kiev desistiria das negociações com Moscou se a Rússia destruísse "nosso povo" cercado na cidade de Mariupol, devastada pela guerra, ou realizasse referendos para criar mais repúblicas separatistas em solo ucraniano recém-ocupado.

Em um ponto de uma entrevista coletiva bastante emocional, ele disse que achava que os russos poderiam usar uma arma nuclear, mas que não queria acreditar que Moscou o faria.

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— Amanhã discutiremos essa lista exata de armas que são essenciais para nós e o ritmo das entregas — disse Zelensky.

Emocionado, o presidente ucraniano afirmou que compartilhava a dor de todos os ucranianos que perderam crianças na guerra, mencionando os ataques com mísseis na cidade de Odessa, neste sábado, que mataram oito pessoas, incluindo uma criança de três meses .